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Dólar interrompe sequência de quedas e volta a subir em meio a cautela com Trump e Lula

Na véspera, o dólar fechou em queda, marcando sua 12ª perda consecutiva, um recorde desde a criação do Plano Real em 1º de junho de 1994.

Após 12 sessões consecutivas de perdas, o dólar inverteu a tendência e abriu em alta nesta quarta-feira, 5 de fevereiro de 2025. A sequência de valorização do real, que havia sido a mais longa desde o início do Plano Real em 1994, foi interrompida por um fluxo de compra e preocupações com a política internacional. É interessante notar que o dólar tem maior sequência de quedas desde o Plano Real e fecha abaixo de R$ 5,80, como noticiado recentemente.

Às 12h09, a moeda americana registrava uma alta de 0,34%, cotada a R$ 5,79. No mercado internacional, o dólar apresentava um desempenho misto, com queda de 0,42% em relação a outras moedas de países desenvolvidos, mas ganhos de 0,89% contra o peso mexicano e perdas de 0,31% contra o rand sul-africano – moedas frequentemente comparadas ao real.

Segundo Alexandre Viotto, diretor de mesa de câmbio da EQI Investimentos, diversos fatores contribuíram para essa mudança de cenário:

  • Dados Econômicos Americanos: O aumento das importações americanas e o déficit comercial acima do esperado em dezembro podem levar o presidente Donald Trump a aumentar as tarifas de importação para além de Canadá, México e China, o que fortalece o dólar em relação a outras moedas. Situações como essa podem levar o dólar a subir para R$ 5,87 após anúncio de tarifas de Trump e retaliações.
  • Oportunidade de Compra: Após um período prolongado de quedas, alguns investidores podem ter considerado o patamar do dólar atrativo para compra, gerando um fluxo de compra que impulsionou a cotação. Vale lembrar que o dólar atinge menor patamar em meses com 12ª queda consecutiva frente ao real.
  • Tensões Políticas: As declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre as ações do governo americano em relação à Faixa de Gaza geram preocupações. Viotto acredita que essas falas podem atrair uma atenção indesejada para o Brasil, com o risco de retaliações por parte de Trump.

Na véspera, o dólar fechou em queda, marcando sua 12ª perda consecutiva, um recorde desde a criação do Plano Real em 1º de junho de 1994. Acompanhar o comportamento do dólar é fundamental para entender o cenário econômico, assim como as promessas de Lula de reduzir custo de vida e tornar cesta básica mais acessível.

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Brunna Mendes

Gestão Hospitalar (UFRN), 28 primaveras, sagitariana e apaixonada por uma boa leitura, séries, filmes e Netflix.

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