O dólar abriu a quinta-feira (13) com uma leve alta, enquanto investidores aguardam a divulgação de novos indicadores econômicos tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos. Estes dados são cruciais para avaliar o panorama da atividade econômica em ambos os países.
No Brasil, o foco está nos dados do setor de serviços. Nos Estados Unidos, o mercado aguarda ansiosamente os números de inflação ao produtor e os pedidos de seguro-desemprego, que podem oferecer pistas sobre as futuras decisões do Federal Reserve (Fed) em relação às taxas de juros.
Às 09h01, o dólar registrava uma elevação de 0,06%, sendo cotado a R$ 5,8113.
No dia anterior, a moeda americana apresentou uma baixa de 0,07%, fechando em R$ 5,8077.
Com o resultado, o dólar acumulou:
- Alta de 0,30% na semana;
- Queda de 1,83% no mês;
- Perdas de 6,02% no ano.
O Ibovespa iniciou o dia com alta de 0,28%, aos 123.855 pontos.
Cenário econômico e juros bancários
Em janeiro, a taxa média de juros cobrada pelos bancos em operações com pessoas físicas e empresas subiu 1,6 ponto percentual, atingindo 42,3% ao ano. A informação foi divulgada pelo Banco Central (BC) nesta quinta-feira. Esse é o maior patamar desde setembro de 2023.
De acordo com o BC, a taxa média de juros cobrada nas operações com empresas subiu de 21,7% ao ano, em dezembro de 2024, para 24,2% ao ano em janeiro. Já nas operações com pessoas físicas, os juros subiram de 53,1% ao ano, em dezembro de 2024, para 53,9% ao ano no fechamento em janeiro.
No cheque especial das pessoas físicas, a taxa subiu de 134,8% ao ano, em dezembro de 2024, para 135,1% ao ano em janeiro. Já a taxa média de juros cobrada pelos bancos nas operações com cartão de crédito rotativo, por sua vez, recuou de 451,8% ao ano, no fim de 2024, para 445,6% ao ano em janeiro deste ano.
O aumento do juro bancário acontece em meio à alta da taxa básica da economia, a Selic, fixada pelo Banco Central para tentar conter a inflação.
Crédito bancário e inadimplência
O volume total do crédito bancário em mercado ficou estável em janeiro, somando R$ 6,46 trilhões. Segundo o Banco Central, o crédito livre às famílias cresceu 1,4% no mês de janeiro, e 12,7% em doze meses, com destaque para:
- crédito pessoal não consignado (2,6%),
- financiamento para aquisição de veículos (2%),
- crédito pessoal consignado para beneficiários do INSS (2,3%) e
- cartão de crédito rotativo (6,7%).
A taxa de inadimplência média registrada pelos bancos nas operações de crédito avançou em janeiro para 3,2%. Em dezembro do ano passado, somava 2,9%. É o maior nível desde maio de 2024.
IPCA e cenário internacional
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou alta de 1,31% em fevereiro, o maior patamar para o mês desde 2003. No acumulado em 12 meses, a inflação registra um avanço de 5,06%, acima do teto da meta do Banco Central para o ano, que é de 3%.
Nos EUA, o índice de preços ao consumidor (CPI) aumentou menos do que o esperado em fevereiro, com avanço de 0,2% no mês.
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