O mercado financeiro brasileiro apresentou volatilidade nesta segunda-feira (9), com o dólar comercial fechando em alta e a Bolsa registrando ganhos significativos. Apesar de iniciar o dia em queda, chegando a R$ 6,04 antes do meio-dia, a moeda americana inverteu a tendência, atingindo R$ 6,082 ao final do pregão, uma alta de R$ 0,011 (+0,18%). Este valor representa um novo recorde nominal no período do Plano Real.
A alta do dólar foi atribuída a uma piora no cenário internacional e à persistência das incertezas políticas e econômicas no Brasil. No entanto, o mercado de ações teve um desempenho positivo, impulsionado principalmente por medidas de estímulo econômico anunciadas pelo governo chinês.
O índice Ibovespa, da B3, fechou em 127.210 pontos, com um aumento de 1%. Petroleiras e mineradoras foram os setores que mais se destacaram, impulsionadas pela valorização das *commodities* no mercado internacional. A China, maior compradora mundial de produtos agrícolas e minerais, teve um papel crucial neste cenário positivo para o Brasil, pelo menos na primeira metade do dia.
A melhora inicial, no entanto, não se sustentou ao longo da tarde. A força do dólar no mercado internacional e a alta das taxas dos títulos do Tesouro norte-americano – considerados os investimentos mais seguros globalmente – reverteram parte do otimismo inicial.
No cenário interno, as incertezas em relação ao pacote fiscal enviado pelo governo ao Congresso continuaram a pesar sobre o mercado. O secretário executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, se reuniu com deputados do PT para buscar um consenso na aprovação de medidas que visam restringir o Benefício de Prestação Continuada (BPC). É importante destacar que o PT havia emitido nota no fim de semana criticando a proposta do governo.
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