O dólar iniciou a sessão desta sexta-feira (21) em trajetória ascendente, com os investidores reagindo à aprovação do Orçamento de 2025 pelo Congresso Nacional e monitorando as expectativas em relação às futuras decisões do Federal Reserve (Fed). Às 9h04, a moeda americana registrava alta de 0,16%, cotada a R$ 5,6853 para venda.
O Orçamento de 2025, aprovado com atraso devido a impasses sobre o pagamento de emendas parlamentares, prevê um aumento na arrecadação da União, com um superávit projetado de R$ 15 bilhões. O texto destina R$ 50 bilhões para emendas parlamentares, R$ 27,9 bilhões para reajustes salariais de servidores públicos, além de recursos para o novo Concurso Nacional Unificado (CNPU) e para os ministérios.
Paralelamente, o mercado aguarda o discurso de John Williams, do Fed de Nova York, em busca de sinais sobre a futura política monetária dos EUA. O Fed manteve as taxas de juros inalteradas entre 4,25% e 4,50% ao ano, mas sinalizou a possibilidade de dois cortes ainda em 2025.
Investidores permanecem atentos aos possíveis impactos das políticas tarifárias de Donald Trump na economia americana, com receios de que possam impulsionar a inflação. Para entender melhor como a economia global pode impactar o Brasil, vale a pena conferir o plano da China para impulsionar o consumo interno.
Desempenho do Mercado:
- Dólar Comercial: R$ 5,676 (alta de 0,5%)
- Dólar Turismo: R$ 5,892 (alta de 0,37%)
- Euro Comercial: R$ 6,160 (alta de 0,07%)
- Euro Turismo: R$ 6,410 (queda de 0,1%)
Ibovespa:
O Ibovespa, principal índice da B3, iniciou o dia em queda. No pregão anterior, o índice fechou em baixa de 0,38%, aos 132.008 pontos.
Acumulados do Ibovespa:
- Alta de 2,37% na semana
- Avanço de 7,50% no mês
- Ganho de 9,75% no ano
Política Monetária e Inflação:
O mercado também acompanha as decisões do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil, que elevou a taxa Selic para 14,25% ao ano. Para saber mais sobre as projeções do mercado, confira o Relatório Focus.
Em entrevista, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que acredita ser possível administrar a economia brasileira de forma a crescer sustentavelmente sem que a inflação saia do controle. A inflação nos alimentos continua sendo um ponto de atenção para os brasileiros.
Até fevereiro, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulava alta de 5,06% em 12 meses. A meta de inflação do BC é de 3%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.
Analistas apontam que, sem ajustes fiscais e um ambiente econômico confiável, os efeitos positivos da alta dos juros podem ser limitados. Além disso, com a proximidade da Páscoa 2025, o preço dos alimentos também merece atenção.
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