O Banco Central (BC) divulgou nesta quinta-feira, 27, que o Brasil registrou um déficit de US$ 8,655 bilhões em conta corrente no mês de janeiro. Este valor representa uma ligeira melhora em relação ao déficit de US$ 9,033 bilhões observado em dezembro.
O resultado de janeiro se mostrou em consonância com as expectativas do mercado. A pesquisa Projeções Broadcast indicava uma mediana negativa de US$ 8,50 bilhões, com as estimativas variando entre US$ 10,7 bilhões e US$ 7,4 bilhões, todas apontando para um déficit.
Apesar da melhora em relação a dezembro, o déficit de janeiro é o mais expressivo para o mês desde 2020, quando as transações correntes apresentaram um saldo negativo de US$ 10,777 bilhões. No acumulado dos últimos 12 meses, o déficit saltou de 2,79% do Produto Interno Bruto (PIB) em dezembro para 3,02%, atingindo o maior patamar desde setembro de 2022.
É importante acompanhar esses dados, especialmente em um cenário onde o mercado eleva a projeção da inflação, como mostrado no Boletim Focus, que elevou a projeção da inflação de 2025 pela 17ª vez consecutiva, atingindo 5,58%.
Componentes do déficit:
Os dados do Banco Central revelam os seguintes resultados nas principais contas:
- Balança comercial: Superávit de US$ 1,223 bilhão.
- Conta de serviços: Déficit de US$ 4,552 bilhões.
- Conta de renda primária: Déficit de US$ 5,613 bilhões.
- Conta financeira: Déficit de US$ 9,976 bilhões.
Em seu mais recente Relatório Trimestral de Inflação (RTI), o Banco Central projeta um déficit de US$ 58,0 bilhões nas transações correntes para este ano, o que corresponde a 2,7% do PIB. Esse cenário econômico exige atenção, especialmente para aqueles que buscam renegociar dívidas.
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