Uma pesquisa recente da plataforma Pagou Fácil, da Paschoalotto, revela uma mudança no comportamento dos consumidores endividados na busca por crédito. Os bancos digitais estão se destacando como a principal escolha para esse público, superando ligeiramente os bancos tradicionais. Essa preferência é impulsionada pela facilidade de acesso via celular e pelas tarifas mais competitivas oferecidas pelas instituições financeiras digitais.
De um total de 73,1 milhões de pessoas inadimplentes em outubro, aproximadamente 15 milhões buscaram crédito. Dentro desse grupo, 37% optaram por bancos digitais, enquanto 36% recorreram aos bancos tradicionais. O estudo indica também que 77% das solicitações de crédito, tanto em bancos digitais quanto tradicionais, foram aprovadas.
Entretanto, o levantamento adverte que a obtenção de crédito, por si só, não garante a resolução do problema de endividamento. A falta de planejamento financeiro adequado, que inclua a revisão do orçamento, priorização do pagamento de dívidas com juros mais altos e a contenção de gastos desnecessários, pode levar o consumidor a permanecer inadimplente e necessitar renegociar suas dívidas.
A digitalização dos serviços também se destaca nesse processo de renegociação. Em 2024, 31% dos pagamentos foram negociados por canais digitais, um aumento em relação aos 20,5% registrados em 2023.
Segundo Diego Martins Mosquim, Diretor de Planejamento e Qualidade da Paschoalotto, “A digitalização não é apenas uma tendência, é o novo padrão do mercado. Ela possibilita um contato mais ágil e eficiente com os consumidores, trazendo resultados positivos para todos os envolvidos“.
O estudo também aponta que as faixas etárias mais afetadas pelo endividamento são os jovens e adultos de meia-idade, refletindo padrões de consumo e dificuldades econômicas específicas. O valor médio das dívidas é de R$ 1.457,48, totalizando R$ 402,03 bilhões, um aumento de 1,84% em relação a setembro de 2024.
As principais causas de inadimplência são:
- Bancos e cartões de crédito: 27,86%
- Contas básicas (água, luz, gás): 21,68%
- Serviços diversos: 17,65%
- Financeiras: 10,91%
Já os principais fatores que levam à inadimplência são:
- Endividamento elevado: 33,2%
- Atraso no pagamento de salários: 24,88%
- Desemprego: 15,48%
Para 2025, os bancos preveem um crescimento de 9% no crédito, abaixo da previsão anterior de 9,3%, o que reflete um cenário econômico mais restritivo e o aumento das taxas de juros.
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