Cultura

Busto de líder quilombola, Maria Conga, restaurado após vandalismo em Magé

A prefeitura de Magé, na Baixada Fluminense, região metropolitana do Rio de Janeiro, restaurou o busto da líder quilombola Maria Conga, vandalizado no dia 19 de novembro, véspera do Dia da Consciência Negra. A placa com a minibiografia da líder negra, arrancada durante o ato de vandalismo, também foi reposta.

Este foi o segundo ato de vandalismo contra a homenagem à Maria Conga, instalada no Píer da Piedade em novembro de 2021. Em 2023, o busto já havia sido alvo de grafites com símbolos nazistas. A prefeitura classificou o reparo como um ato contra a intolerância.

“Essa mulher que foi extremamente necessária na luta do povo negro, da nossa cidade, do nosso país, na resistência e no acolhimento aos escravizados”, afirmou o secretário de Cultura, Turismo e Eventos de Magé, Bruno Lourenço. “Vamos permanecer na resistência por entender a necessidade de continuar contando a nossa história e as nossas origens”, completou ele.

O busto, uma criação da artista Cristina Febrone, localiza-se no Píer da Piedade, um local de forte simbolismo histórico por ter sido ponto de chegada de africanos escravizados. Maria Conga, nascida no Congo em 1772 (e não 1972 como constava em versão anterior do texto), era filha de um rei. Sequestrada e levada para o Brasil em um navio negreiro por volta de 1804, foi escravizada na Bahia. Aos 18 anos, foi vendida a um senhor de engenho em Magé e, aos 24, a um conde.

Aos 35 anos, Maria Conga conquistou sua alforria e fundou o Quilombo Maria Conga, oferecendo abrigo a outros negros que fugiam da escravidão. Uma comunidade quilombola permanece no município até os dias atuais.

A trajetória de Maria Conga também ecoou no Carnaval carioca:

  • Em 2020, a escola de samba Acadêmicos da Rocinha homenageou Maria Conga em seu enredo.
  • Em 2024, a Estácio de Sá, também no grupo de acesso, fez o mesmo.

O ato de vandalismo contra o busto de Maria Conga destaca a importância da preservação da memória e da luta contra o racismo e a intolerância. A restauração da homenagem representa um esforço para manter viva a história de luta e resistência da líder quilombola.

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Romário Nicácio

Administrador de redes, estudante de Ciências e Tecnologia (C&T) e Jornalismo, que também atua como redator de sites desde 2009. Co-fundador do Portal N10 e do N10 Entretenimento, com um amplo conhecimento em diversas áreas. Com uma vasta experiência em redação, já contribuí para diversos sites de temas variados, incluindo o Notícias da TV Brasileira (NTB) e o Blog Psafe. Sua paixão por tecnologia, ciência e jornalismo o levou a buscar conhecimentos nas áreas, com o objetivo de se tornar um profissional cada vez mais completo. Como co-fundador do Portal N10 e do N10 Entretenimento, tenho a oportunidade de explorar ainda mais minhas habilidades e se destacar no mercado, como um profissional dedicado e comprometido com a entrega de conteúdo de qualidade aos seus leitores. Para entrar em contato comigo, envie um e-mail para [email protected].

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