Saúde

Covid ou Dengue? Veja sintomas e saiba diferenciar cada um

Em meio ao cenário de saúde pública no Brasil, o aumento expressivo de casos de dengue e a persistente circulação da Covid-19 emergem como duas preocupações centrais para autoridades de saúde e população. Com mais de 500 mil casos prováveis e confirmados de dengue reportados no início de 2024, segundo o painel de arboviroses do Ministério da Saúde, o país enfrenta um desafio duplo: combater um surto significativo de dengue enquanto continua a navegar pelos impactos da pandemia de Covid-19.

A semelhança entre os sintomas de ambas as doenças coloca em evidência a importância de saber diferenciar a dengue da Covid-19. Febre, dores no corpo, mal-estar, e dor de cabeça são manifestações comuns a essas duas condições, tornando a distinção entre elas não apenas importante para o tratamento adequado, mas também para a implementação de medidas preventivas eficazes.

Neste contexto, a informação precisa e acessível sobre como identificar corretamente cada uma dessas doenças se torna uma ferramenta valiosa para o público. A capacidade de reconhecer os sintomas específicos e entender as diferenças fundamentais em suas vias de transmissão pode significar a diferença entre uma resposta rápida e efetiva e o agravamento desnecessário de condições de saúde já desafiadoras.

Diferenças na transmissão 🦟😷

As duas doenças são virais e têm alguns sintomas semelhantes. Então, como acontece a transmissão? (Imagem: Portal N10)
As duas doenças são virais e têm alguns sintomas semelhantes. Então, como acontece a transmissão? (Imagem: Portal N10 / IA)

A compreensão das diferenças na transmissão de dengue e Covid-19 é fator determinante para adotar medidas preventivas eficazes contra essas doenças. A dengue é transmitida exclusivamente pelo mosquito Aedes aegypti, um vetor que se infecta ao picar uma pessoa já infectada pelo vírus e, posteriormente, transmite o vírus ao picar outras pessoas. Esta cadeia de transmissão destaca a importância do controle de mosquitos e da proteção individual contra picadas como estratégias centrais de prevenção.

Por outro lado, a Covid-19 se propaga primariamente através de gotículas respiratórias expelidas por uma pessoa infectada ao tossir, espirrar, falar ou respirar. Este vírus pode se espalhar de pessoa para pessoa, especialmente em ambientes fechados e mal ventilados, ressaltando a importância das máscaras, da ventilação adequada, da vacinação em dia e do distanciamento social (quando estiver infectado) como medidas de prevenção.

Sintomas da Covid e da Dengue

Ao analisarmos o comparativo de sintomas entre dengue e Covid-19, é possível identificar características específicas que ajudam a diferenciar uma doença da outra, apesar de algumas sobreposições sintomáticas.

Dengue se manifesta tipicamente com febre alta repentina, superior a 38°C, que é um dos sinais mais marcantes da doença. Acompanhando a febre, surgem dores no corpo e articulações, dor atrás dos olhos, um sintoma bastante distintivo, mal-estar, falta de apetite, dor de cabeça e manchas vermelhas no corpo. Estes sintomas refletem a natureza da dengue, focada mais no impacto sistêmico do que respiratório.

Febre, dores no corpo, mal-estar e dor de cabeça são alguns dos sintomas das duas doenças, mas Covid também pode causar dor de garganta, tosse e coriza (Imagem: Portal N10 / OpenAI)
Febre, dores no corpo, mal-estar e dor de cabeça são alguns dos sintomas das duas doenças, mas Covid também pode causar dor de garganta, tosse e coriza (Imagem: Portal N10 / IA)

Em contrapartida, a Covid-19 é caracterizada primariamente por sintomas respiratórios. Tosse, dor de garganta, coriza, perda de olfato (anosmia) e, em alguns casos, dor abdominal e fadiga são mais comuns nesta infecção. Embora a febre e o mal-estar também possam ser sintomas da Covid-19, a presença de sintomas respiratórios é um indicador chave para a diferenciação.

Para solidificar essas distinções, o Dr. Renato Kfouri, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), ressalta: “A dengue apresenta uma febre mais alta e dores no corpo mais intensas, além de dor articular e dor atrás dos olhos, que são mais prevalentes do que na Covid-19. Manchas na pele também são um indicativo mais comum da dengue. Por outro lado, a Covid-19 se destaca pelos sintomas respiratórios como tosse e dificuldade para respirar, que são menos típicos na dengue.”

Este comparativo de sintomas mostra a importância de uma avaliação médica cuidadosa e, se necessário, a realização de testes específicos para um diagnóstico preciso, visto que a sobreposição de sintomas pode complicar a identificação correta da doença sem uma análise detalhada.

Vacinação

Quando abordamos a vacinação contra dengue e Covid-19, notamos diferenças significativas na abrangência e na disponibilidade das vacinas. A vacina contra a Covid-19 está amplamente disponível no Sistema Único de Saúde (SUS), cobrindo toda a população brasileira. Esta ampla cobertura reflete os esforços globais para combater a Covid-19, com múltiplas opções de vacinas autorizadas para uso emergencial e regular.

Por outro lado, a vacinação contra a dengue ainda é mais restrita. Atualmente, a vacina da dengue é direcionada a um público-alvo específico: crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, principalmente em áreas de alta transmissão. Esta estratégia focalizada visa maximizar o impacto da vacinação em reduzir a incidência da doença. A vacina da dengue também está disponível na rede particular, embora com restrições devido à limitação de doses.

Diagnóstico e tratamento

Para obter um diagnóstico preciso de dengue ou Covid-19, é essencial realizar testes específicos. Para a Covid-19, estão disponíveis o autoteste, o teste rápido (antígeno) e o RT-PCR, considerado padrão-ouro para o diagnóstico da doença. Cada teste tem suas indicações, baseadas no tempo de início dos sintomas e na necessidade de precisão no diagnóstico.

Na dengue, as opções incluem o teste rápido, a sorologia para detecção de anticorpos e, em alguns casos, o RT-PCR. Diferentemente da Covid-19, não existe autoteste para dengue, tornando crucial a busca por atendimento médico para avaliação e realização dos testes apropriados.

O tratamento para ambas as doenças foca no alívio dos sintomas e na prevenção de complicações. No caso da dengue, é importante o manejo adequado da hidratação e o uso de paracetamol para controle da febre e dor, evitando-se medicamentos que possam aumentar o risco de sangramentos, como o ácido acetilsalicílico (aspirina). Para a Covid-19, o tratamento pode variar desde recomendações para cuidados em casa até intervenções médicas mais complexas para casos graves, incluindo o uso de antivirais, anti-inflamatórios e suporte respiratório, quando necessário.

A orientação médica é fundamental em ambos os casos, especialmente se os sintomas persistirem ou se agravarem. A busca por atendimento especializado pode garantir o tratamento adequado e a recuperação eficaz, minimizando os riscos de complicações.

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Rafael Nicácio

Co-fundador e redator do Portal N10, sou responsável pela administração e produção de conteúdo do site, consolidando mais de uma década de experiência em comunicação digital. Minha trajetória inclui passagens por assessorias de comunicação do Governo do Estado do Rio Grande do Norte (ASCOM) e da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), onde atuei como estagiário. Desde 2013, trabalho diretamente com gestão de sites, colaborando na construção de portais de notícias e entretenimento. Atualmente, além de minhas atividades no Portal N10, também gerencio a página Dinastia Nerd, voltada para o público geek e de cultura pop. MTB Jornalista 0002472/RN E-mail para contato: [email protected]

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