A NASA divulgou recentemente informações sobre diversas pesquisas e projetos em andamento, que vão da busca por planetas habitáveis até o desenvolvimento de tecnologias para entrega de pacotes por drones. A astrofísica Sarah Peacock, cientista pesquisadora no Laboratório de Exoplanetas e Astrofísica Estelar do Goddard Space Flight Center, dedica-se à busca por mundos habitáveis. Seu trabalho envolve modelar a radiação de estrelas para determinar se planetas orbitando-as podem sustentar atmosferas respiráveis. Peacock utilizou dados do Telescópio Espacial Hubble e da espaçonave GALEX (já desativada) para suas pesquisas e integra uma equipe analisando dados do Telescópio Espacial James Webb, em busca de atmosferas em planetas rochosos próximos a estrelas do tipo M. A cientista também contribui para um estudo do conceito inovador da NASA, o Artemis Enabled Stellar Imager (AeSI), um interferômetro ultravioleta/ótico a ser localizado no Polo Sul da Lua.
Em outra frente, o Observatório de Raios-X Chandra da NASA registrou uma colisão incomum: um jato de matéria ejetado por um buraco negro supermassivo na galáxia Centaurus A (Cen A) colidiu com um objeto não identificado, criando uma marca em forma de “V” com braços de aproximadamente 700 anos-luz de comprimento. Apesar da distância impossibilitar a identificação precisa do objeto atingido, as hipóteses incluem uma estrela massiva, sozinha ou com uma companheira, com os raios-X provenientes da colisão entre partículas do jato e o gás de um vento estelar. A pesquisa, publicada no The Astrophysical Journal, apresenta um caso único devido à forma “V” da emissão de raios-X, diferente de outras colisões observadas na Cen A.
A NASA também está impulsionando a indústria de entrega de pacotes por drones. Com a autorização da FAA para voos comerciais de drones em espaço aéreo compartilhado sem a visão direta do operador (BVLOS), a agência destaca a importância da sua tecnologia de Gerenciamento de Tráfego de Sistemas de Veículos Aéreos Não Tripulados (UTM). O UTM permite o compartilhamento digital de detalhes de voo, assegurando a segurança e escalabilidade de operações BVLOS. A tecnologia é utilizada em testes na área de Dallas, permitindo entregas comerciais. A NASA também trabalha na priorização de drones de segurança pública e na aplicação da tecnologia de drones em táxis aéreos.
Por fim, o Programa de Balões Científicos da NASA retornou à Antártida para sua campanha anual de balões de longa duração. Dois voos levarão nove missões científicas para o espaço próximo, incluindo a GAPS (General Anti-Particle Spectrometer), para detectar antimatéria, e o Salter Test Flight Universal, para testar e validar sistemas de balões de longa duração, este último também transportando missões secundárias como MARSBOx (estudo de fungos em condições marcianas), EMIDSS-6 (plataforma tecnológica para estudo de mudanças climáticas), SPARROW-6 (demonstração de medições de vento), WALRUSS (sensor para medir espectro ultravioleta e concentração de ozônio), e INDIGO (registrador de dados para medir a dinâmica do voo). Dois projetos adicionais, Purdue DRAGONfly e IRIS v3, são finalistas do desafio FLOATing DRAGON da NASA, que incentiva estudantes a projetar e lançar veículos aéreos autônomos.
https://arxiv.org/abs/2408.14078
https://www.nasa.gov/scientificballoons
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