O rover Curiosity, da NASA, continua sua exploração da superfície de Marte, desvendando paisagens que a equipe científica descreve como uma verdadeira 'Terra das Maravilhas'. Nos sols 4396 e 4397, correspondentes aos dias marcianos, o veículo percorreu a extremidade norte de Texoli butte, região conhecida por suas formações rochosas impressionantes e estratificações sedimentares que contam a história geológica do planeta vermelho.
Apesar da beleza do local e da riqueza de dados que a região oferece, o trabalho de exploração não tem sido isento de desafios. Uma tentativa de ampliar a jornada com um modo de direção autoguiada teve que ser interrompida antes do previsto. Como resultado, o rover não obteve imagens suficientes para uma avaliação completa do terreno ao redor de todas as rodas. Este incidente impediu a realização de análises científicas de contato naquele dia, pois o veículo não passou no Processo de Avaliação de Risco de Deslizamento (SRAP, na sigla em inglês).
A equipe da missão rapidamente se adaptou à situação, priorizando a coleta de dados através de sensoriamento remoto. O plano de trabalho para esses dois sols incluiu a análise de uma veia escura no leito rochoso, denominada “Avalon”, utilizando os instrumentos ChemCam LIBS e Mastcam. Além disso, o Curiosity capturou imagens de longa distância, em mosaico, das estruturas boxwork, visualizadas pela primeira vez, e do topo do Monte Sharp.
A região explorada é rica em formações sedimentares e fraturas, o que levou a equipe a planejar diversos mosaicos de imagens com o instrumento Mastcam. O objetivo é analisar intervalos estratigráficos que possam conter mais ondulações de escalada, além de caracterizar a orientação de fraturas e estudar veios e camadas sedimentares. O rover também realizou um deslocamento de cerca de 50 metros em direção ao sudoeste, seguido por uma nova coleta de imagens para preparar o planejamento das atividades seguintes.
O segundo sol foi reservado para sensoriamento remoto não direcionado, que incluiu uma análise com o instrumento ChemCam LIBS, selecionado de forma autônoma pelo sistema do rover. As atividades de monitoramento ambiental, com os instrumentos DAN e REMS, também foram executadas, assim como a captura de um vídeo de redemoinhos de poeira e uma análise da poeira atmosférica usando o Navcam.
Lauren Edgar, geóloga planetária do USGS Astrogeology Science Center e planejadora de longo prazo da missão, comentou sobre os desafios enfrentados e a importância da flexibilidade para o sucesso da exploração. A equipe já está planejando as atividades do rover para as festas de fim de ano e expressou sua gratidão pelas valiosas descobertas feitas até o momento.
A exploração da 'Terra das Maravilhas' marciana continua, com o rover Curiosity enviando dados que enriquecem o conhecimento sobre o passado e o presente de Marte, apesar dos desafios e imprevistos que surgem ao longo da jornada. A NASA segue com seus Avanços em Exploração Espacial, utilizando instrumentos como o ChemCam LIBS e o Mastcam, que auxiliam na coleta de dados. As atividades de monitoramento ambiental, também importantes para o estudo de Marte, incluem instrumentos como DAN e REMS.
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