O robô Curiosity da NASA, em sua jornada pelo planeta vermelho, fez novas descobertas intrigantes durante os sols marcianos 4389 e 4390. Imagens capturadas pela Mastcam do robô em 8 de dezembro de 2024, às 17h44:17 UTC, revelam uma área rica em fraturas e manchas escuras na região da formação rochosa “Texoli”.
A equipe científica descreve o terreno como composto por rocha sedimentar laminada, de coloração mais clara, com diversas fendas e áreas de material mais escuro. Estas formações, distribuídas pela superfície, chamam a atenção pelos diferentes formatos: algumas são achatadas e laminares; outras apresentam formas amorfas e irregulares.
Apesar da distância, o instrumento ChemCam LIBS analisou uma das fraturas, denominada “Garlock Fault”. Já as manchas escuras, mais próximas, foram alvo dos instrumentos APXS e MAHLI, após análise da melhor área para coletar amostras, escolhida em uma região mais plana e livre de poeira, chamada “Cerro Negro”. A análise permitirá comparações entre a composição das manchas e a veia de “Garlock Fault”, buscando entender a relação entre elas. A limpeza com a ferramenta DRT (Dust Removal Tool) foi considerada arriscada em algumas das amostras mais frágeis.
Além da análise de perto, o robô utilizou a Mastcam para criar mosaicos. Um pequeno mosaico foi feito em “Garlock Fault” e um maior em veias cruzadas em “Wildwood Canyon”, permitindo o cálculo das orientações das fraturas. Outro mosaico, “Forest Falls”, captou uma área de material escuro e elevado.
As imagens da trajetória futura do Curiosity revelaram características ainda mais interessantes: ondulações na rocha, que podem revelar informações cruciais sobre o ambiente de deposição da área. Para melhor contexto, um mosaico Mastcam em “Hahamongna” foi criado, imagendo um afloramento a cerca de 30 metros do local de trabalho do robô. Um outro mosaico menor em “Malibu Creek”, posicionado entre a localização atual e o destino planejado para quarta-feira, também foi criado.
Imagens de Mastcam e ChemCam RMI do topo do Monte Sharp e da unidade yardang foram capturadas, ainda que a distância seja considerável. O objetivo é examinar as relações estruturais e a evolução geológica dessas formações, com análises mais detalhadas programadas para o futuro.
A missão inclui, como sempre, monitoramento ambiental. Os cientistas aguardam ansiosamente a próxima etapa da exploração, onde se espera analisar as ondulações rochosas de perto.
https://science.nasa.gov/blog/sols-4389-4390-a-wealth-of-ripples-nodules-and-veins/
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