O verão teve início neste sábado, 21 de dezembro de 2024, às 6h20 (horário de Brasília), marcando o começo da estação em todo o Hemisfério Sul. A chegada da nova estação traz consigo mudanças nas condições climáticas, como chuvas intensas, ventos fortes e temperaturas elevadas, além de dias mais longos que as noites devido à maior proximidade da Terra com o Sol.
Segundo o Prognóstico Climático de Verão, divulgado pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o fenômeno La Niña, que usualmente provoca fortes chuvas no Norte e Nordeste do Brasil e secas no Sul, terá uma duração mais curta nesta estação. A probabilidade de prevalência dessas condições climáticas é de 60% entre janeiro e março, caindo progressivamente para 40% entre fevereiro e abril de 2025.
A meteorologista do Inmet, Maytê Coutinho, explica que “de maneira geral, as previsões climáticas indicam o predomínio de chuvas abaixo da média climatológica em grande parte do país”.
Contudo, a região Norte é uma exceção, onde se espera que as chuvas fiquem acima da média. No Nordeste, o volume de chuvas entre janeiro e março deverá ser menor. Já nas regiões Centro-Oeste e Sudeste, as precipitações devem variar entre o normal e abaixo da média.
Chuvas e suas Irregularidades
Apesar da previsão geral de chuvas abaixo da média em grande parte do país, a meteorologista Maytê Coutinho pondera que “mesmo com a previsão de que o total de chuvas em janeiro, fevereiro e março fique abaixo da média em quase toda a região, no noroeste da Região Nordeste podem ocorrer chuvas mais volumosas em alguns períodos durante o verão, podendo atingir a média em algumas localidades”.
Na região Sul, onde os volumes de chuva já são menores nesta época do ano, espera-se que as precipitações se mantenham na faixa normal ou abaixo do normal. No Rio Grande do Sul, em particular, a previsão é de chuvas inferiores a 400 milímetros, principalmente no extremo sul do estado. As chuvas também podem afetar outras regiões.
A regularidade das chuvas nas Regiões Norte e Nordeste pode ser ainda mais afetada pela permanência das atuais condições oceânicas. "As águas mais quentes no Atlântico Tropical Norte e mais frias no Atlântico Tropical Sul formam condições para a manutenção da Zona de Convergência Intertropical atuando ao norte da sua posição média climatológica”, ressalta a meteorologista.
De acordo com o relatório do Inmet, tais condições podem ter impactos significativos em diversas atividades econômicas, como a agropecuária, a geração de energia por meio de hidrelétricas e a reposição hídrica para manter os reservatórios de abastecimento de água em níveis adequados.
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