Os servidores do Departamento Estadual de Trânsito do Rio Grande do Norte (Detran-RN) decidiram paralisar as atividades por 24 horas na próxima quinta-feira (6 de fevereiro). A decisão foi tomada em Assembleia virtual no último dia 30 de janeiro e contará com um Ato Público em frente à sede do órgão, em Natal, a partir das 8h.
O movimento está sendo organizado pelo Sindicato dos Servidores Públicos da Administração Indireta do Rio Grande do Norte (SINAI-RN) e tem como principal motivo o descumprimento parcial de um acordo firmado pelo Governo do Estado em 2024.
A categoria reivindica o início das negociações para o reajuste do auxílio-alimentação, conforme estabelecido em acordo assinado com a gestão da governadora Fátima Bezerra no ano passado. O documento previa que as tratativas deveriam ter sido iniciadas em janeiro de 2025, mas, segundo os servidores, o governo ainda não deu nenhum passo nesse sentido.
Outro ponto central do protesto é a solidariedade aos trabalhadores terceirizados do Detran-RN, que enfrentam atrasos nos pagamentos de salários, vales-alimentação e transporte. Segundo relatos da categoria, esses profissionais estão sendo penalizados com a precarização dos contratos, o que tem comprometido a prestação dos serviços.
Além disso, os trabalhadores denunciam que o Detran-RN enfrenta uma situação de precarização, o que impacta diretamente a qualidade do atendimento à população. Eles cobram maior autonomia para o órgão, a fim de que os direitos dos servidores e da população sejam garantidos.
Mobilização sindical e reivindicações
A paralisação de advertência reforça a insatisfação da categoria com a atual gestão do Governo do Estado. O SINAI-RN já havia alertado sobre a necessidade de um diálogo mais efetivo com os servidores, especialmente em relação a reivindicações salariais e melhorias nas condições de trabalho.
O sindicato também reforça que a luta da categoria “não é apenas por benefícios próprios, mas também pela valorização do serviço público e pelos direitos da população que utiliza o Detran-RN diariamente“. Para os trabalhadores, a falta de investimento no órgão prejudica a execução das atividades e compromete a eficiência dos serviços.
Diante desse cenário, a categoria espera que o governo se posicione e dê início às tratativas sobre o auxílio-alimentação, além de resolver a questão dos terceirizados. Caso isso não ocorra, novas mobilizações podem ser convocadas.
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