A Maternidade do Divino Amor, localizada em Parnamirim, vive uma situação preocupante devido a problemas de infraestrutura, manutenção e abastecimento. Durante uma visita técnica realizada pela prefeita Nilda Cruz, nesta terça-feira (21), foram constatadas diversas deficiências que afetam diretamente os serviços prestados à população. A inspeção integra uma série de visitas realizadas pela gestora para avaliar o estado das unidades de saúde do município, incluindo a UPA de Nova Esperança, que recentemente passou por reabastecimento.
Entre os problemas identificados no complexo, destacam-se infiltrações, mofo nas paredes internas e externas, e instalações inoperantes, como os banheiros da recepção, que não funcionam e carecem de acessibilidade. O elevador da unidade também está com problemas de manutenção. A diretora administrativa da Maternidade, Kalliny Alexsandra, ressaltou que há cerca de 22 aparelhos de ar-condicionado sem funcionar, além de uma caixa d’água estruturalmente condenada.
“Nossas maiores prioridades hoje são os banheiros da recepção, que estão sem funcionar, e a caixa d’água. Uma situação de verdadeiro abandono”, afirmou a diretora. Ela destacou ainda que o local é referência no atendimento materno-infantil, abrigando serviços importantes como o Banco de Leite Humano, a Casa da Mamãe Feliz e programas de prevenção ao câncer de mama, mas enfrenta sérias limitações. “Infelizmente foi nessa situação que recebemos a saúde pública de Parnamirim. Precisamos da união de todos para resolver esses problemas”, concluiu.
Falta de recursos humanos na Casa da Mamãe Feliz
A Casa da Mamãe Feliz, que oferece suporte a gestantes e puérperas, enfrenta não apenas problemas estruturais, mas também a ausência de profissionais qualificados. A responsável pelo local relatou que a unidade sofre com a falta de trabalhadores do sexo masculino, o que compromete a segurança das profissionais diante de situações de risco. “Algumas mulheres fazem uso de medicação psicotrópica e, às vezes, os surtos acontecem. Por essa razão, precisamos de homens trabalhando por aqui. Sempre pedimos trabalhadores à Secretaria Municipal de Saúde, mas nunca fomos atendidas”, explicou.
A área externa e o depósito da unidade também refletem o estado crítico do hospital. Há metralha espalhada pelo chão, móveis inutilizáveis e infraestrutura precária. Nas salas de arquivo, as goteiras ameaçam documentos históricos e informações valiosas para o município.
Medidas emergenciais
O secretário de Saúde, Rogério Gurgel, foi autorizado pela prefeita a buscar soluções imediatas para os problemas mais urgentes. Entre as ações previstas estão a aquisição de novos equipamentos, a permuta de utensílios danificados e a recuperação de aparelhos essenciais. “Nossa Maternidade está em uma situação lamentável. Vamos precisar de muito trabalho, além da colaboração de todos os servidores do município para superar esse quadro”, afirmou Nilda Cruz.
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