O atropelamento de uma criança de 3 anos em Parnamirim, na última quarta-feira (11), mobilizou equipes médicas e gerou comoção. Após o acidente, o menino, identificado como Guilherme Henrique, foi encaminhado ao Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, em Natal, onde passou por uma delicada cirurgia vascular que durou cinco horas. O estado de saúde dele é considerado estável, mas ainda inspira cuidados.
De acordo com o pai da vítima, Gilclécio Gomes, a criança sofreu uma fratura no fêmur e perdeu os movimentos dos dedos do pé. A equipe médica monitora o quadro neurológico e planeja uma nova cirurgia para reparar o nervo ciático.
“Atualmente ele está estável, mas com o quadro um pouco crítico. Ele fez uma cirurgia vascular, está sem os movimentos dos dedos do pé. Por conta disso, o neuro vai tentar fazer a reconstrução pelo nervo ciático“, relatou o pai.
O acidente
O atropelamento ocorreu quando um veículo Corolla prata perdeu o controle e invadiu uma lanchonete localizada em Parnamirim, na Grande Natal. No momento do acidente, o local estava movimentado, e o impacto deixou cinco pessoas feridas, incluindo dois idosos e a criança.
Segundo o 3º Batalhão da Polícia Militar, o motorista apresentava claros sinais de embriaguez no momento do acidente. A força do impacto provocou graves ferimentos no menino, que teve a perna dilacerada e fraturou o fêmur.
Gilclécio Gomes relembrou o momento em que soube do ocorrido e expressou a dor e o trauma enfrentados pela família. “Tudo complica. É um trauma que vai ficar para a criança, que não vai sumir nunca. Tem que estar com o pai e a mãe bem próximos“, disse.
Guilherme Henrique permanece internado na UTI pediátrica do Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel. A cirurgia vascular realizada estabilizou o quadro inicial, mas a equipe médica aguarda condições para realizar novos procedimentos, incluindo a reparação do nervo ciático e o tratamento do fêmur fraturado.
Paralelamente, a família enfrenta os desafios emocionais e legais decorrentes do atropelamento. Gilclécio e o avô do menino compareceram ao Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep-RN) para a realização de exames de corpo de delito, que comporão as investigações conduzidas pela Polícia Civil.
Motorista teve prisão preventiva decretada
O motorista envolvido no acidente foi detido ainda no local e submetido a uma audiência de custódia na tarde de quinta-feira (12). A Justiça do Rio Grande do Norte decretou sua prisão preventiva.
As investigações apontaram que o condutor já havia sido preso anteriormente por embriaguez ao volante. Agora, ele pode responder por lesão corporal grave, agravada pela embriaguez. A pena prevista pelo Código Penal Brasileiro e pelo Código de Trânsito Brasileiro varia de 2 a 5 anos de prisão, além de outras sanções como a suspensão da habilitação.
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