A Ordem dos Advogados do Brasil no Rio Grande do Norte (OAB/RN) emitiu um alerta urgente sobre um esquema de golpes financeiros aplicados via WhatsApp, no qual criminosos se passam por advogados. A vice-presidente da OAB/RN, Bárbara Paloma, detalhou que os golpistas acessam informações de processos públicos nos tribunais, coletam dados reais e entram em contato com as partes envolvidas, exigindo pagamentos adiantados sob a promessa de liberação de supostos créditos judiciais.
Segundo a OAB, milhares de casos já foram registrados em todo o país. Paloma explica que os criminosos se utilizam de táticas sofisticadas para enganar as vítimas. “Eles usam fotos de escritórios reais, nomes de advogados verdadeiros e até documentos autênticos baixados dos processos”, afirmou.
A entidade disponibilizou um formulário online para o registro de ocorrências e está colaborando com a Secretaria de Segurança Pública para designar um delegado especializado para investigar os casos. Adicionalmente, o Conselho Federal da OAB está em contato com a Polícia Federal para ampliar a investigação em âmbito nacional.
A tática dos golpistas inclui a pressão psicológica sobre as vítimas. Conforme relatado pela vice-presidente, mensagens como “se não pagar agora, perderá o direito aos valores” são comuns. Bárbara Paloma enfatizou que advogados nunca solicitam transferências via PIX para a liberação de créditos e que as custas processuais são pagas exclusivamente por meio de guias oficiais emitidas pelos tribunais.
Em um relato pessoal, Paloma revelou ter sido alvo do esquema criminoso em pelo menos cinco ocasiões, incluindo um incidente recente. A OAB/RN orienta as vítimas a registrarem boletim de ocorrência e a notificarem seus advogados, que podem rastrear acessos suspeitos nos sistemas judiciais.
A OAB/RN reforça a importância de desconfiar de comunicações urgentes sobre valores relacionados a processos judiciais e de confirmar as informações diretamente com os escritórios de advocacia por meio de canais oficiais. “Nenhum caso foi solucionado ainda, mas estamos mobilizando todas as instâncias para combater essa rede”, concluiu a vice-presidente.
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