Vigilante é investigado por desviar celulares de depósito da Receita Federal em Natal

A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira, 6 de novembro, a Operação Simulata Custodia, que apura um esquema de furto qualificado envolvendo um vigilante suspeito de desviar equipamentos eletrônicos do depósito de mercadorias apreendidas da Receita Federal, em Natal. A investigação se concentra no desaparecimento de 45 celulares de diversas marcas, avaliados em mais de R$ 50 mil.

Os agentes da PF executaram um mandado de busca e apreensão expedido pela 2ª Vara da Justiça Federal do Rio Grande do Norte na residência do suspeito, um homem de 44 anos que atua como vigilante patrimonial terceirizado, prestando serviços de segurança no depósito da Receita. Segundo as autoridades, o vigilante aproveitou-se da sua função para subtrair os objetos sem chamar a atenção dos servidores do local.

Conforme a investigação, um dos celulares furtados foi identificado como estando em uso pela própria esposa do vigilante. Os policiais federais apuraram que ela teria colaborado nas atividades criminosas, utilizando plataformas de e-commerce para revender os itens subtraídos. Além disso, testemunhas que compraram os aparelhos sem saber da sua origem ilícita foram localizadas e prestaram depoimentos importantes, contribuindo para a coleta de provas sobre o envolvimento do casal no esquema.

De acordo com as informações da PF, parte do valor das transações realizadas na venda dos aparelhos desviados foi transferida diretamente para a conta do vigilante, que também realizava a entrega dos itens aos compradores. Os indícios apontam que o esquema teria sido cuidadosamente arquitetado para ocultar a subtração dos produtos.

O suspeito e sua esposa podem responder por furto qualificado e receptação qualificada, crimes que, de acordo com a legislação, têm penas que podem atingir até oito anos de reclusão, além de multas. A operação foi batizada de “Simulata Custodia” devido ao papel do vigilante, que deveria zelar pelos bens apreendidos mas teria, segundo a investigação, “simulado” a guarda dos materiais enquanto promovia o desvio dos mesmos.