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Vereadora questiona na Justiça dívida de R$ 75 milhões na saúde de Natal

A ação popular requer também a intervenção do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RN) e do Ministério Público de Contas para investigar possíveis irregularidades.

A vereadora Samanda Alves (PT) formalizou, nesta quarta-feira (12), uma ação popular na Justiça com o objetivo de suspender os atos da Prefeitura de Natal que reconheceram uma dívida de R$ 75 milhões na área da saúde. O caso foi encaminhado para a 3ª Vara da Fazenda Pública de Natal e levanta questionamentos sobre a legalidade e transparência do ato administrativo que validou débitos não previstos no orçamento municipal.

A gestão do prefeito Paulinho Freire (União) publicou 77 atos reconhecendo dívidas com credores da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Os serviços em questão teriam sido prestados em 2024, durante a administração do ex-prefeito Álvaro Dias (Republicanos). A SMS ainda não se pronunciou sobre os motivos da publicação dos atos. 

De acordo com Samanda Alves, o montante da dívida representa aproximadamente 5% do orçamento destinado à saúde em Natal para 2025, enquanto a reserva para despesas de exercícios anteriores é de apenas R$ 12,7 milhões, indicando uma possível incongruência orçamentária.

Estamos pedindo a suspensão desse reconhecimento para que a Prefeitura explique como esses valores foram gerados e reconhecidos sem a devida previsão orçamentária. O ato levanta sérias dúvidas sobre sua legalidade e moralidade, declarou a vereadora.

A ação popular requer também a intervenção do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RN) e do Ministério Público de Contas para investigar possíveis irregularidades. A vereadora informou que buscou esclarecimentos junto à Secretaria Municipal de Planejamento, através de ofícios, mas não obteve resposta.

A Prefeitura de Natal divulgou o reconhecimento de dívidas herdadas da administração anterior, do ex-prefeito Álvaro Dias. Entre os dias 4 e 10 de fevereiro, foram publicados 77 atos que reconhecem pendências financeiras com fornecedores da SMS, totalizando R$ 75,3 milhões em débitos. Os atos declaram que a Prefeitura “reconhece o dever de pagar” os credores, mas não há previsão de prazo para quitação do passivo.

O maior débito identificado é com a Cooperativa Médica do Rio Grande do Norte (Coopmed-RN), responsável pelo fornecimento de mão de obra para as unidades de saúde. O valor devido à cooperativa é superior a R$ 13,6 milhões, referente ao pagamento de outubro. A Coopmed-RN emite faturas mensais.

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Rafael Nicácio

Co-fundador e redator do Portal N10, sou responsável pela administração e produção de conteúdo do site, consolidando mais de uma década de experiência em comunicação digital. Minha trajetória inclui passagens por assessorias de comunicação do Governo do Estado do Rio Grande do Norte (ASCOM) e da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), onde atuei como estagiário. Desde 2013, trabalho diretamente com gestão de sites, colaborando na construção de portais de notícias e entretenimento. Atualmente, além de minhas atividades no Portal N10, também gerencio a página Dinastia Nerd, voltada para o público geek e de cultura pop. MTB Jornalista 0002472/RN E-mail para contato: [email protected]

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