O prefeito de Natal, Álvaro Dias (Republicanos), justificou o aumento na tarifa do transporte público da capital potiguar, que passará de R$ 4,50 para R$ 4,90 a partir deste domingo (29). Segundo o gestor, o reajuste de 8,89% foi inevitável devido à pressão sobre os custos do setor, que enfrenta dificuldades para se manter operacional.
Esse é o segundo aumento em menos de dois anos. Em novembro de 2022, a tarifa foi ajustada de R$ 3,90 para R$ 4,50, um incremento de R$ 0,60.
“Eu tive de dar esse reajuste porque estava insuportável, estava insustentável. As empresas iam começar a ter greve, o pessoal lutando por melhores salários, eles sem poder aumentar, o combustível subindo sem eles poderem honrar. Então, estava numa situação já realmente insustentável”, explicou Álvaro em entrevista à rádio Mix na sexta-feira (27).
O prefeito destacou que, mesmo com o aumento, a tarifa em Natal permanece uma das mais acessíveis na região Nordeste. “Nossa tarifa é a menor da região Nordeste. Nós, agora, estamos com esse aumento nos equiparando a João Pessoa. Há muito tempo que João Pessoa já cobra os R$ 4,90 que nós cobraremos a partir de agora”, afirmou.
Álvaro também ressaltou que a decisão de aumentar a passagem foi tomada após um ano sem reajustes, período no qual diversos insumos apresentaram alta significativa. “O que foi que você viu aqui em Natal, no Brasil, que passou um ano sem ter aumento? Salário passou um ano sem ter aumento? Combustível passou um ano sem ter aumento? De jeito nenhum. A energia elétrica passou um ano? Nada. Então, há um ano que não tem aumento”, justificou o prefeito.
Transição de gestão e negociações futuras
Sobre possíveis contrapartidas para o reajuste, como melhorias no serviço, o prefeito informou que essa questão será conduzida pelo próximo gestor, Paulinho Freire (União Brasil), que assumirá a prefeitura em janeiro de 2025. “Essa questão de reposição de novas linhas tem de ser uma negociação de Paulinho. Eu estou no fim da gestão. Tive de dar esse reajuste porque estava insuportável, insustentável. As empresas iam começar a ter greve. O pessoal lutando por melhores salários e eles sem poder aumentar. Os combustíveis subindo sem eles poderem honrar”, pontuou Álvaro.
O prefeito afirmou ainda que a medida foi necessária para evitar um colapso no sistema de transporte público, destacando que as empresas estavam enfrentando dificuldades financeiras severas. “Houve reajuste para que as empresas pudessem continuar trabalhando, porque, se não, iam ficar em situação de insolvência, numa situação muito difícil”, concluiu.
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