A Polícia Civil do Rio Grande do Norte, por meio da Divisão Especializada em Investigação e Combate ao Crime Organizado (DEICOR), deflagrou na manhã desta quarta-feira (12) a “Operação Litoral”, voltada para desarticular um grupo criminoso que atuava no setor de passeios turísticos no estado. A organização impunha um tabelamento forçado de preços e usava ameaças e violência para controlar as rotas turísticas, impedindo a livre concorrência entre profissionais da área.
O esquema abrangia tanto o litoral sul quanto o litoral norte do Rio Grande do Norte e prejudicava diretamente a economia local, além de intimidar trabalhadores e turistas. A operação resultou na execução de dez mandados judiciais, sendo dois de prisão preventiva e oito de busca e apreensão em municípios como Natal, Parnamirim, Nísia Floresta e João Pessoa/PB. Durante a ação, também foi efetuada uma prisão em flagrante por posse ilegal de arma de fogo, totalizando três presos.
Grupo usava coação para manter domínio sobre o turismo local
As investigações tiveram início a partir de denúncias de turistas e trabalhadores do setor, que relataram sofrer ameaças e coerção ao tentar atuar no mercado. O grupo criminoso imponha barreiras e sanções ilegais, impedindo outros profissionais de prestarem serviços turísticos livremente.
A operação foi conduzida em conjunto com a Delegacia Especializada na Repressão à Lavagem de Dinheiro (DRLD) e a Delegacia de Crimes Contra o Patrimônio (DCCPAT) da Polícia Civil da Paraíba. Durante as buscas, foram apreendidas armas de fogo, munições, documentos e outros materiais que auxiliarão no andamento da investigação.
O delegado responsável pela operação explicou que o esquema afetava diretamente a segurança dos turistas e trabalhadores:
“Identificamos uma estrutura criminosa bem organizada, que usava ameaças constantes para impedir que outros prestadores de serviço atuassem no setor. A operação tem o objetivo de desarticular essa prática e devolver a normalidade ao turismo na região.”
Os suspeitos presos foram encaminhados ao sistema prisional, onde ficarão à disposição da Justiça. A investigação está inserida no contexto da operação “Protetor de Divisas, Fronteiras e Biomas“, coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), por meio da Secretaria Nacional de Segurança Pública (SENASP). Essa iniciativa tem como foco combater organizações criminosas e garantir maior controle sobre atividades ilícitas nas divisas estaduais.
O nome “Operação Litoral” faz referência ao território onde a quadrilha atuava e ao impacto esperado com a ação policial, que busca garantir a legalidade das atividades turísticas no litoral potiguar.
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