A Polícia Federal (PF), em conjunto com o Ministério Público Federal (MPF), a Receita Federal e a Controladoria-Geral da União (CGU), deflagrou na manhã desta terça-feira (10 de dezembro de 2024) a Operação Overclean. O objetivo da operação é desarticular uma organização criminosa suspeita de fraudar licitações e desviar recursos públicos, movimentando cerca de R$ 1,4 bilhão, segundo informações da PF. Deste montante, R$ 825 milhões correspondem a contratos firmados com órgãos públicos somente em 2024.
A investigação, que contou com a colaboração internacional da Agência Americana de Investigações de Segurança Interna – HSI (Homeland Security Investigations), resultou no cumprimento de 17 mandados de prisão preventiva e 43 mandados de busca e apreensão em São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Tocantins e Goiás. A PF afirma que a organização criminosa direcionava recursos públicos de emendas parlamentares e convênios para empresas e indivíduos ligados a administrações municipais, por meio de superfaturamento em obras e desvio de recursos.
Entre os órgãos lesados, está o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS), especificamente na Coordenadoria Estadual da Bahia. Oito servidores públicos foram afastados de suas funções por ordem judicial. A Justiça também determinou o sequestro de mais de R$ 162,3 milhões, valor supostamente utilizado na aquisição de bens de luxo, incluindo aeronaves, imóveis de alto padrão, barcos e veículos.
Os acusados, se condenados, podem responder por crimes de corrupção ativa e passiva, peculato, fraude em licitações e contratos, e lavagem de dinheiro, entre outros. As investigações apontam para indícios de crimes de corrupção e lavagem de dinheiro por parte dos suspeitos.
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