Uma iniciativa nacional coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, denominada Operação Mobile, resultou na recuperação de mais de 2,6 mil telefones celulares que haviam sido furtados ou roubados. A ação, que envolveu 11 das 27 unidades federativas, incentivou a devolução voluntária dos aparelhos por meio de notificações eletrônicas.
De acordo com informações divulgadas, os 2.606 celulares foram entregues espontaneamente à Polícia Civil entre novembro e a primeira quinzena de dezembro deste ano. Os aparelhos estão agora em processo de devolução aos seus proprietários originais, um resultado considerado expressivo pelas autoridades envolvidas na operação.
As intimações para a entrega voluntária dos dispositivos, adquiridos de forma irregular, foram enviadas via WhatsApp pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, sob a coordenação do Conselho Nacional dos Chefes de Polícia Civil (Concpc). Heloísa Brito, presidente do conselho e delegada-geral da Polícia Civil da Bahia, destacou que o objetivo principal da operação é estimular as vítimas de roubo a registrar o crime em uma delegacia. Segundo ela, a medida busca desestimular o comércio ilegal de celulares no país. "É preciso que as pessoas entendam que não se deve comprar um celular sem nota fiscal, pois essas compras incentivam os roubos", afirmou.
O secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Manoel Carlos de Almeida Neto, explicou que a Operação Mobile serviu como um teste para o Protocolo Nacional de Recuperação de Celulares, inspirado em uma iniciativa bem-sucedida do governo do Piauí. Conforme o ministério e especialistas, essa iniciativa contribuiu significativamente para reduzir o roubo e furto de aparelhos naquele estado. "A operação foi uma oportunidade para podermos validar as ações do protocolo nacional e evoluirmos no sentido de expandir a estratégia investigativa para o âmbito nacional", acrescentou o secretário.
A Operação Mobile foi também a primeira experiência prática para os 11 estados que compõem o grupo de trabalho responsável pela criação do protocolo. Este grupo, formado no início de agosto, inclui os estados do Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Piauí, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima, Sergipe e Tocantins. O objetivo central é implementar um protótipo do programa com base na experiência piauiense.
Ações complementares: Aplicativo Celular Seguro
Em paralelo à Operação Mobile, o Ministério da Justiça e Segurança Pública lançou uma nova versão do aplicativo Celular Seguro. A principal atualização permite que o usuário opte por bloquear apenas a linha telefônica e as contas vinculadas, mantendo o IMEI (Identidade Internacional de Equipamento Móvel) ativo. Essa funcionalidade tem como objetivo facilitar a reintegração do aparelho à rede telefônica após a instalação de um novo chip, auxiliando no processo de recuperação.
O Ministério da Justiça e Segurança Pública continua a incentivar o registro de ocorrências em casos de roubo ou furto de celulares, reforçando a importância da colaboração da população para o sucesso dessas iniciativas e na luta contra o comércio ilegal de eletrônicos.
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