Um trágico acidente aéreo em Gramado, no Rio Grande do Sul, resultou na morte do empresário paulista Luiz Claudio Salgueiro Galeazzi e de sua família, no último domingo (22). Galeazzi, que era proprietário e piloto da aeronave, estava acompanhado de sua esposa, três filhos, irmã, cunhado, sogra e duas crianças. A queda da aeronave também deixou 17 pessoas feridas em solo, a maioria devido à inalação de fumaça. Cinco dessas pessoas já receberam alta hospitalar, enquanto 12 seguem em atendimento, duas em estado grave com queimaduras, sendo uma delas transferida para Porto Alegre.
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, expressou suas condolências em coletiva de imprensa, ressaltando que a lista de passageiros não havia sido formalizada previamente por se tratar de um voo privado. A identificação das vítimas foi possível graças a informações fornecidas pelo sócio de Galeazzi, pelo hotel em que estavam hospedados e por imagens do aeroporto.
Leite lamentou a tragédia, que atingiu uma família que buscava momentos de alegria na Serra Gaúcha. “[Quero] me solidarizar com a família, uma dor imensa que afeta, certamente, a família dessas vítimas, mas que também abala todos nós aqui do estado e da Serra Gaúcha”, disse o governador. Ele também enfatizou que a família era de São Paulo e estava no estado para desfrutar das festividades natalinas.
Luiz Cláudio Salgueiro Galeazzi era formado em administração de empresas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e atuava como consultor em gestão empresarial, sendo CEO da Galeazzi & Associados, empresa fundada por seu pai, Claudio Galeazzi. A família já havia enfrentado uma tragédia semelhante, com a morte da mãe de Luiz Cláudio em um acidente aéreo em 2010.
O Acidente
A aeronave envolvida no acidente era um bimotor modelo PA-42 Cheyenne, da Piper Aircraft, fabricado em 1990. O avião decolou do aeroporto de Canela, cidade vizinha a Gramado, às 9h12, com destino a Jundiaí, em São Paulo.
Antes da queda, a aeronave colidiu com a chaminé de um prédio, atingiu o segundo andar de uma residência e, finalmente, caiu sobre uma loja de móveis. Destroços também atingiram uma pousada, onde estavam as duas pessoas que sofreram queimaduras graves.
O Corpo de Bombeiros Militar conseguiu controlar o incêndio causado pela queda, mas continua trabalhando na estabilização da estrutura da loja para a remoção dos corpos. A Polícia Civil do Rio Grande do Sul e o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), da Força Aérea Brasileira (FAB), estão conduzindo investigações paralelas sobre as causas do acidente.
O Cenipa tem como objetivo prevenir novos acidentes, enquanto a polícia busca possíveis responsáveis pela tragédia. Segundo o governador, as condições climáticas no momento da decolagem “não eram as melhores”, mas as condições exatas que culminaram no acidente ainda serão apuradas por especialistas. A FAB informou que a aeronave, de matrícula PR-NDN, estava em nome de Luiz Claudio Salgueiro Galeazzi e tinha situação normal de aeronavegabilidade para transporte privado, mas não para táxi aéreo, conforme registro da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
Em decorrência da tragédia, a Prefeitura de Gramado suspendeu o desfile de Natal programado para o domingo e liberou parcialmente o trânsito na Avenida das Hortênsias, onde ocorreu o acidente. Os hóspedes da pousada atingida foram realocados para outros hotéis.
A queda da aeronave em Gramado resultou em dez mortos, conforme confirmado pelo governo do RS. Lula expressou solidariedade após a tragédia e a FAB investiga o caso. A notícia da queda da aeronave que caiu em Gramado também causou grande comoção.
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