A Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que visa incluir a vacina contra o herpes-zóster, popularmente conhecido como cobreiro, no Calendário Nacional de Imunização. A proposta, que agora segue para análise em outras comissões, busca oferecer a vacinação gratuita para pessoas com mais de 50 anos, conforme regulamentação futura.
O herpes-zóster é causado pela reativação do vírus da catapora (varicela) e pode afetar até um terço dos adultos, causando dor intensa e erupções cutâneas. Em casos mais graves, a doença pode levar à morte. A inclusão da vacina no calendário nacional tem como objetivo diminuir a incidência da enfermidade e suas complicações.
O projeto de lei 2450/22, de autoria do ex-deputado Ney Leprevost, recebeu um substitutivo do relator, deputado Jorge Solla (PT-BA), que fez ajustes na redação, incluindo a definição do público-alvo. Segundo Solla, “Com a vacinação contra herpes-zóster, espera-se diminuir a ocorrência da enfermidade e de suas consequências”. O parecer do relator também determina que o governo federal assegure os recursos financeiros necessários para a implementação da vacinação.
Próximos Passos do Projeto
O projeto tramita em caráter conclusivo, o que significa que, após a aprovação nas comissões de Finanças e Tributação e de Constituição e Justiça e de Cidadania, poderá seguir diretamente para o Senado, sem a necessidade de votação no plenário da Câmara dos Deputados. Para se tornar lei, a proposta precisa ser aprovada tanto na Câmara quanto no Senado.
A doença e seus riscos:
O herpes-zóster, também conhecido como cobreiro, é uma condição causada pela reativação do vírus da varicela-zóster, o mesmo vírus da catapora. Após a infecção inicial, o vírus permanece latente no organismo e pode ser reativado, principalmente em pessoas com o sistema imunológico enfraquecido ou com idade avançada. As manifestações incluem dor intensa, ardência e o surgimento de bolhas na pele, geralmente em uma área específica do corpo. A doença pode resultar em complicações graves como neuralgia pós-herpética, uma dor crônica que pode durar meses ou até anos após a resolução das lesões cutâneas. Em casos raros, o herpes-zóster pode levar à morte, especialmente em indivíduos imunocomprometidos.
A inclusão da vacina contra o herpes-zóster no calendário nacional de imunização, conforme informações do Governo Federal, representa um avanço significativo na saúde pública, com potencial para reduzir o número de casos e as complicações associadas a essa doença. A iniciativa se junta a outras medidas importantes como a atualização do Calendário de Vacinação contra Covid-19 e as campanhas de combate à dengue, que também visam proteger a população contra doenças.
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