Durante a Semana Santa, o consumo de peixe costuma ganhar ainda mais espaço nas mesas dos brasileiros. Seja por tradição religiosa ou por preferência alimentar, o hábito de substituir carnes vermelhas e aves por pescados se fortalece especialmente na Sexta-feira Santa e no Domingo de Páscoa. Mas, na hora da compra, é preciso atenção redobrada para garantir um peixe de qualidade e seguro para o preparo.
Em entrevista ao Portal N10, a nutricionista Mayara Martins, professora da Universidade Potiguar (UnP), destacou os principais cuidados que os consumidores devem ter antes de levar o peixe para casa. Segundo a especialista, a análise visual do produto é o primeiro passo essencial.
De acordo com ela, para identificar um peixe fresco, é indispensável observar se o alimento apresenta olhos brilhantes e salientes, guelras com coloração avermelhada, escamas firmes e pele úmida. Esses são sinais clássicos de que o pescado está em boas condições.
Outro fator apontado pela professora ao Portal N10 é o cheiro do peixe. “O cheiro também é um indicativo importante: deve ser suave, com aquele aroma que lembra o mar. Odores fortes ou desagradáveis são sinais de que o alimento já não está adequado para o consumo”, alerta.
Além desses cuidados, Mayara Martins orienta também que os consumidores devem verificar a textura do peixe. Ela explica que a carne precisa estar firme ao toque, voltando ao formato original após ser pressionada com o dedo.
Peixes congelados também exigem atenção
Ainda durante a entrevista ao Portal N10, a nutricionista da UnP comentou que, quando não é possível adquirir um peixe fresco, a versão congelada pode ser uma alternativa viável. No entanto, é fundamental observar alguns pontos antes de realizar a compra.
Entre os principais cuidados, a especialista recomenda verificar a data de fabricação e a validade do produto. Além disso, é importante analisar se o peixe está firme e se não há presença de cristais de gelo, o que pode indicar que o alimento foi recongelado — prática que compromete a qualidade e a segurança do pescado. “Atenção à data de validade e à fabricação, observar se o produto está firme e sem cristais de gelo, o que pode indicar recongelamento, e verificar a lista de ingredientes, que deve conter apenas o peixe, sem aditivos ou conservantes desnecessários”, orienta.
Outro detalhe relevante destacado por Mayara Martins é a composição do produto. Para garantir que o consumidor está adquirindo um alimento mais natural, é necessário verificar se a lista de ingredientes contém apenas o peixe, sem aditivos ou conservantes desnecessários.
Produtos empanados ou processados pedem análise ainda mais cuidadosa
Durante a conversa com o Portal N10, a nutricionista da UnP também fez um alerta sobre os produtos de peixe empanados ou processados, muito procurados por conta da praticidade. Ela explica que esses alimentos geralmente contêm quantidades elevadas de sódio, conservantes e outros aditivos químicos, o que pode não ser a melhor opção para quem busca uma refeição mais saudável durante a Semana Santa.
Por isso, na hora de escolher o peixe ideal para a Páscoa, o consumidor deve priorizar alimentos frescos ou congelados de boa procedência e estar sempre atento aos detalhes na embalagem e no aspecto do produto.
Para quem deseja manter uma alimentação saudável e o orçamento está mais apertado, a professora destaca peixes com valor mais acessível. “A sardinha, cavalinha, tilápia e merluza são opções mais em conta e bastante nutritivas. A sardinha, por exemplo, é rica em ômega-3 e cálcio, o que pode ser uma opção mais em conta para aproveitar o momento pascoal”, pontua a docente da UnP.
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