Uma nova tendência perigosa tem ganhado espaço entre crianças e adolescentes nas redes sociais: o chamado “Desafio do Superman“. A prática, registrada em vídeos de estudantes de pelo menos duas escolas em Natal, consiste em se jogar nos braços de colegas, que tentam lançar a pessoa para o alto.
O que parece uma simples brincadeira já levou a registros de ferimentos graves, incluindo um caso em que um jovem precisou de atendimento médico após cair de forma brusca.
O neurocirurgião e especialista em coluna, Marco Moscatelli, faz um alerta sobre os riscos dessa atividade e destaca as sérias consequências que podem ocorrer. “Se o paciente cai com o crânio no chão ou com a coluna de uma maneira errada, ele pode ter lesão cerebral, hematomas, contusões cerebrais e fraturas cranianas. Na coluna cervical, pode ter fraturas, luxações, contusões medulares, lesões na medula, podendo ocorrer tetraplegia, paraplegia e, em casos de fraturas em níveis mais altos, até morte súbita“, explica o médico.
O desafio acontece da seguinte forma: um grupo de jovens forma uma espécie de “berço” com os braços para amparar quem se joga. Em alguns casos, os vídeos mostram aterrissagens bem-sucedidas, mas em muitos outros, os participantes caem de maneira perigosa. Apesar de algumas dessas cenas serem compartilhadas com tom de humor, especialistas alertam que a realidade é preocupante, pois quedas desse tipo já causaram ferimentos graves em diversas partes do mundo.
Diante da popularidade crescente do “Desafio do Superman”, Moscatelli reforça a necessidade de conscientização por parte dos pais e educadores. Para ele, é fundamental que esse tipo de comportamento seja interrompido antes que casos mais graves ocorram. “A prevenção é fundamental. Conversem com seus filhos, mostrem os vídeos e expliquem os riscos. Essas brincadeiras não são para ocorrer, são muito graves“, alerta o médico.
O fenômeno dos desafios virais levanta mais uma vez a preocupação sobre a influência das redes sociais no comportamento dos jovens. Casos semelhantes já foram registrados anteriormente com outras tendências perigosas, reforçando a necessidade de supervisão e diálogo constante entre famílias e instituições de ensino. Enquanto a brincadeira continua se espalhando, especialistas pedem urgência na conscientização para evitar novos acidentes.
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