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Hanseníase: desvendando mitos e verdades sobre a doença que afeta pele e nervos

O diagnóstico é realizado por meio de um exame físico geral dermatológico e neurológico, buscando identificar lesões ou áreas de pele com alterações de sensibilidade.

A hanseníase, uma doença infecciosa causada por uma bactéria que atinge a pele e os nervos periféricos, afeta pessoas de todas as idades e gêneros. Embora o contágio ocorra após um período prolongado de exposição à bactéria, o Ministério da Saúde esclarece que apenas uma pequena parcela dos infectados desenvolve a doença. As lesões neurais são a principal causa de deficiências físicas, contribuindo significativamente para o estigma e a discriminação associados à enfermidade.

O Brasil ocupa a segunda posição no ranking mundial de novos casos de hanseníase, configurando-se como um grave problema de saúde pública. A doença é de notificação compulsória e investigação obrigatória. Para aumentar a conscientização sobre a hanseníase, o Ministério da Saúde lançou a campanha “Hanseníase, Conhecer e Cuidar”, com ações durante todo o ano.

Sinais e sintomas

É fundamental estar atento aos sinais e sintomas da hanseníase. As manifestações podem incluir:

  • Manchas na pele, que podem ser brancas, avermelhadas, acastanhadas ou amarronzadas, com alteração da sensibilidade térmica e tátil.
  • Comprometimento dos nervos periféricos, caracterizado por espessamento ou engrossamento, e alterações sensitivas, motoras ou autonômicas.
  • Áreas com redução de pelos e suor.
  • Sensação de formigamento ou fisgadas, especialmente nas mãos e pés.
  • Diminuição ou ausência de sensibilidade e força muscular na face, mãos ou pés.
  • Nódulos ou caroços no corpo, que podem ser avermelhados e dolorosos em alguns casos.

Transmissão

A transmissão da hanseníase ocorre quando uma pessoa infectada, na forma ativa da doença e sem tratamento, libera o bacilo no ambiente através das vias aéreas superiores (espirro, tosse ou fala). O contágio requer contato próximo e prolongado com a pessoa doente, sendo que pacientes com poucos bacilos não são considerados importantes fontes de transmissão. Não ocorre por meio de objetos compartilhados.

Diagnóstico

O diagnóstico é realizado por meio de um exame físico geral dermatológico e neurológico, buscando identificar lesões ou áreas de pele com alterações de sensibilidade, comprometimento de nervos periféricos e mudanças sensitivas, motoras e/ou autonômicas. Casos suspeitos de comprometimento neural sem lesão cutânea e aqueles com alterações sensitivas duvidosas devem ser encaminhados para unidades de saúde de maior complexidade.

O Ministério da Saúde também disponibiliza a Caderneta de Saúde da Pessoa Acometida pela Hanseníase no momento do diagnóstico. Este instrumento auxilia o paciente a acompanhar seu tratamento, registrar seu progresso e fornece orientações sobre a doença, seus direitos e autocuidado.

O estigma e a discriminação associados à hanseníase são grandes preocupações. Esses preconceitos podem levar à exclusão social, causar sofrimento psicológico e limitar o convívio social dos pacientes. Essa situação interfere no diagnóstico e na adesão ao tratamento, perpetuando um ciclo de exclusão social e econômica.

Mitos e verdades sobre a Hanseníase

O Ministério da Saúde esclarece alguns mitos e verdades sobre a doença:

  • É possível pegar hanseníase por abraços ou compartilhamento de talheres e roupas: FALSO
  • A doença é transmitida por meio de contato próximo e prolongado: VERDADEIRO
  • A hanseníase é de transmissão hereditária: FALSO
  • A doença é transmitida de pessoa para pessoa: VERDADEIRO
  • A hanseníase pode ser curada por meio de tratamento caseiro: FALSO
  • O tratamento é distribuído gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS): VERDADEIRO
  • Pessoas com hanseníase devem ser afastadas do convívio familiar e social: FALSO
  • A hanseníase tem tratamento e cura: VERDADEIRO
  • Só transmite a hanseníase quem não está em tratamento ou o faz de forma irregular: VERDADEIRO

A informação e o tratamento adequado são os pilares para o controle da hanseníase e o fim do preconceito.

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Romário Nicácio

Administrador de redes, estudante de Ciências e Tecnologia (C&T) e Jornalismo, que também atua como redator de sites desde 2009. Co-fundador do Portal N10 e do N10 Entretenimento, com um amplo conhecimento em diversas áreas. Com uma vasta experiência em redação, já contribuí para diversos sites de temas variados, incluindo o Notícias da TV Brasileira (NTB) e o Blog Psafe. Sua paixão por tecnologia, ciência e jornalismo o levou a buscar conhecimentos nas áreas, com o objetivo de se tornar um profissional cada vez mais completo. Como co-fundador do Portal N10 e do N10 Entretenimento, tenho a oportunidade de explorar ainda mais minhas habilidades e se destacar no mercado, como um profissional dedicado e comprometido com a entrega de conteúdo de qualidade aos seus leitores. Para entrar em contato comigo, envie um e-mail para [email protected].

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