Variedades

CEO da BRF afirma que “agronegócio brasileiro está sob ataque mundial”

No espaço de um ano, restrições à importação de produtos do agronegócio brasileiro foram aplicadas pela União Europeia, China e Arábia Saudita, que somaram-se à manutenção de embargos da Rússia à carne suína e de alguns frigoríficos. Este foi o quadro desenhado pelo CEO da BRF para o Cone Sul, Jorge Lima, durante audiência pública na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA).

Para o executivo, essa situação ocorre porque o comércio internacional vem passando por um forte recrudescimento protecionista, que está sobrepujando acordos e negociações bilaterais e multilaterais. Lima avalia que as restrições de ordem sanitária, antidumping ou até mesmo religiosas alegadas por alguns dos parceiros comerciais para a adoção das barreiras são “cortina de fumaça”, e o que ocorre de fato é um cenário de guerra comercial.

“A guerra está declarada contra nosso agronegócio. Isto é algo que está muito claro para a empresa, um cenário que explanamos ao governo federal e ao Senado. Isto se dá porque somos líderes na Europa, somos líderes na China, na Rússia e na Arábia. E eu duvido que a curto prazo este ataque será minorado”, afirmou Lima, fazendo alusão a uma reunião da qual participou na semana passada com negociadores vinculados à União Europeia (UE).

Ministério da Agricultura

Também no que tange às negociações com a UE, o ministro da Agricultura, o senador licenciado Blairo Maggi, disse que a pasta aguarda no momento o envio de um relatório por parte de técnicos europeus que inspecionaram frigoríficos e plantas brasileiras em janeiro. No momento, a UE adota embargos contra 20 frigoríficos nacionais exportadores de frango e também contra os exportadores de pescados, alegando defesa sanitária.

“A partir deste relatório, e das novas exigências apresentadas por eles, será possível planejar posteriormente a vinda de uma nova missão europeia e requerer o fim do embargo.”

O Ministério está ciente de que as alegações de ordem sanitária, ligadas a dois tipos de salmonela, “não têm de fato nenhuma sustentação científica”, de acordo com Blairo Maggi. O que vem predominando é a pressão do setor agrícola europeu sobre seus representantes políticos tanto em algumas nações-chave nessas negociações, como a França e a Holanda, quanto no âmbito da UE.

O ministro acrescentou que outros acordos vigentes com os europeus preveem a possibilidade de exportação de frango nas mesmas condições agora embargadas, desde que sobretaxadas num valor superior a dois mil euros por carga, “o que prova que a questão não é de sanidade”.

Polícia Federal

O ministro lamentou ainda o fato de que grande parte dos embargos sofridos pelo país sejam provenientes da “divulgação espalhafatosa” ligada às operações Carne Fraca e Trapaça, executadas pela Polícia Federal. Os resultados dessas operações são com frequência alegados pelos importadores para a adoção das barreiras. Para Blairo, a produção brasileira está no mais alto padrão de qualidade internacional, “e o pais não seria um líder de mercado se assim não fosse”.

Com informações da Agência Senado*

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Rafael Nicácio

Co-fundador e redator do Portal N10, sou responsável pela administração e produção de conteúdo do site, consolidando mais de uma década de experiência em comunicação digital. Minha trajetória inclui passagens por assessorias de comunicação do Governo do Estado do Rio Grande do Norte (ASCOM) e da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), onde atuei como estagiário. Desde 2013, trabalho diretamente com gestão de sites, colaborando na construção de portais de notícias e entretenimento. Atualmente, além de minhas atividades no Portal N10, também gerencio a página Dinastia Nerd, voltada para o público geek e de cultura pop. MTB Jornalista 0002472/RN E-mail para contato: [email protected]

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