(ANSA) – A sonda europeia Planck revelou que as primeiras estrelas do Universo nasceram cerca de meio bilhão de anos depois do que se pensava.
Foi constatado que elas surgiram 700 milhões de anos após o Big Bang, segundo resultados publicados pela revista “Astronomy and Astrophysics”, com a colaboração de pesquisadores da Agência Espacial Europeia (ESA). Ou seja, o universo nem sempre foi povoado por estrelas como acontece hoje.
Há 13,8 bilhões de anos, existia uma “sopa” de energia na qual não havia partículas e nem mesmo átomos. Neste ambiente denso, o Universo era como um nevoeiro “opaco”, pois as partículas de luz não podiam se locomover sem colidirem com elétrons.
À medida que o cosmo se expandia, o Universo permitia a formação das primeiras partículas. Desta forma, o espaço tornou-se “transparente”, e as partículas de luz (fótons) conseguiram se movimentar livremente, sem serem absorvidas pelo impacto da colisão.
Ainda hoje, é possível ver os restos desta luz primordial com sondas espaciais, como a Planck. Chamada de radiação cósmica de fundo, a luz também é classificada como fonte de informação sobre a origem, composição e geometria do Universo.
A Planck foi lançada em 2009, com uma importante contribuição da Agência Espacial Italiana (ASI), e digitalizou o Universo até 2013, especificamente para criar um mapa detalhado da radiação cósmica de fundo.
Quer receber as principais notícias do Portal N10 no seu WhatsApp? Clique aqui e entre no nosso canal oficial.