A sessão do Senado desta quarta-feira (11) foi classificada como “Tragédia e farsa” pela senadora Fátima Bezerra (PT-RN). A sessão analisa a admissibilidade de abertura de processo de impeachment contra a presidente da República, Dilma Rousseff. Declarando seu voto contrário à abertura do processo, a senadora afirmou que os “golpistas” usaram de todos os artifícios possíveis para cobrir com “manto da legalidade” o que de fato se configura em um golpe de Estado.
A senadora defendeu Dilma, garantindo que ela não cometeu nenhum crime de responsabilidade e afirmou que o impeachment é apenas “a fantasia que oculta um projeto político derrotado nas eleições”. Para Fátima Bezerra, o PSDB entra para a história como um partido de “coveiros da democracia”.
“Se as ações da presidente não configuram crime e não há dolo, o Senado está se transformando neste exato momento em um tribunal de exceção”, acusou a senadora, afirmando que a presidente, “uma mulher íntegra e honesta, será afastada como se fosse criminosa”.
A senadora terminou seu discurso homenageando nomes históricos da esquerda e exaltando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente Dilma Vana Rousseff, ambos do PT. “Quem escolhe o lado certo da história nunca sai derrotado”, disse.
Outro lado
O senador José Agripino (DEM-RN) citou em Plenário o déficit de quase R$ 120 bilhões nas contas do governo em 2015, ante uma previsão inicial de superávit de R$ 55 bilhões, como exemplo da irresponsabilidade da presidente Dilma Rousseff. Ele disse que o governo precisou de última hora pedir a mudança da meta fiscal para pagar as pedaladas, um dos crimes de que está sendo acusada a presidente.
Com informações da Agência Senado
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