A agência de classificação de risco Moody’s anunciou a elevação da nota de crédito da Argentina, ajustando-a de “Ca” para “Caa3”. A mudança, que ainda mantém o país no grau especulativo, reflete a avaliação positiva das políticas fiscais implementadas pelo governo de Javier Milei. A decisão foi divulgada em comunicado no dia 24 de janeiro, segundo informações da Folhapress. A nova classificação coloca a Argentina no mesmo patamar de emissão de dívida de longo prazo que o Equador e a Bolívia, tanto em moeda local quanto estrangeira.
A Moody’s não apenas elevou a nota da Argentina, mas também alterou a perspectiva do país de estável para positiva. Essa mudança na perspectiva, segundo a agência, é um reflexo direto da “mudança de política do governo, que permitiu um ajuste fiscal que ajuda a corrigir os desequilíbrios econômicos”, sinalizando uma melhora na estabilidade financeira e reduzindo a probabilidade de um calote.
Dados econômicos e ajustes fiscais
Um dos principais pontos destacados pela Moody’s é a redução significativa da dívida do governo argentino. Em 2023, a dívida correspondia a 156% do Produto Interno Bruto (PIB), enquanto em 2024 esse valor caiu para 77%. As projeções da agência indicam uma continuidade dessa tendência, com uma estimativa de que a dívida chegue a 50% do PIB até 2026. Além disso, a inflação mensal, que atingiu o pico de 25,5% em dezembro de 2023, apresentou uma queda expressiva para 2,7% em dezembro de 2024. A previsão é que a inflação anual feche 2025 em torno de 40%.
A Moody’s também apontou uma melhora na liquidez externa da Argentina, impulsionada por uma anistia fiscal que atraiu cerca de US$ 20 bilhões em ativos do exterior. Essa injeção de capital aliviou as reservas internacionais do país, proporcionando um respiro para as contas externas.
As medidas implementadas pelo governo de Javier Milei, focadas no ajuste fiscal e na estabilização da economia, têm sido cruciais para a recuperação da confiança dos investidores e agências de classificação de risco como a Moody’s, refletindo a mudança na percepção do risco de crédito da Argentina.
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