O Instituto Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon Natal) divulgou um levantamento que aponta um aumento de 3,7% no preço da cesta básica na capital potiguar durante o mês de dezembro.
Esta é a terceira elevação consecutiva nos preços dos produtos pesquisados, impactando diretamente o bolso do consumidor. Em novembro, o valor médio da cesta era de R$ 412,74, passando para R$ 428,62 em dezembro, um acréscimo de R$ 15,88.
O estudo, conduzido pelo Núcleo de Pesquisa do Procon Natal, detalha que 65% dos 40 itens que compõem a cesta básica registraram aumento. As categorias de açougue e hortifrúti lideraram as altas, com 4,69% e 6,18%, respectivamente. As seções de mercearia e higiene/limpeza também tiveram seus preços elevados, com aumentos de 0,41% e 0,85%, cada uma.
Em um período de 12 meses, a cesta básica acumulou uma alta de 4,42%. Analisando apenas o último trimestre do ano, o aumento alcançou 5,45%. Em outubro, o preço médio da cesta era de R$ 402,27, chegando a R$ 428,62 no final de dezembro, um acréscimo de R$ 26,35.
Entre os produtos que mais contribuíram para o aumento anual estão, na categoria de mercearia: arroz (R$ 7,14), pão francês (R$ 13,86), café (R$ 9,74) e óleo de soja (R$ 7,79). Na seção de açougue, destacam-se: carne de primeira (R$ 43,42/kg), pescado (R$ 45,65/kg), queijo coalho (R$ 46,84/kg) e a caixa de ovos com 30 unidades (R$ 18,53).
O levantamento do Procon Natal comparou os preços da cesta básica em diferentes estabelecimentos. Os hipermercados apresentaram o preço médio mais alto, R$ 434,75, enquanto os supermercados de bairro registraram R$ 412,93, uma variação de 5,29% ou R$ 21,83. Nos atacarejos, o preço médio foi de R$ 391,37. A diferença entre o valor mais caro nos hipermercados e o mais barato nos atacarejos chegou a 11,09%, representando uma economia de R$ 43,39 para o consumidor.
Durante o mês de dezembro, o Núcleo de Pesquisa monitorou o preço médio da cesta básica semanalmente, com os seguintes resultados: 1ª semana (R$ 426,42), 2ª semana (R$ 431,82), 3ª semana (R$ 429,45), 4ª semana (R$ 432,52) e última semana (R$ 422,87), o menor preço encontrado no mês. Apesar da leve redução na última semana, a tendência geral foi de alta, consolidando dezembro como o mês de maior custo para o consumidor.
O aumento no custo da cesta básica é atribuído a fatores como a elevação dos custos de frete, a desvalorização do real em relação a outras moedas e a instabilidade climática, que afeta principalmente os produtos hortifrúti e da mercearia. As expectativas inflacionárias no mercado local e regional também contribuem para essa variação.
O Núcleo de Pesquisa monitora semanalmente os preços em 26 estabelecimentos comerciais da capital, abrangendo 40 itens divididos em quatro categorias: Mercearia, Açougue, Higiene/Limpeza e Hortifrúti. A pesquisa é feita em 8 hipermercados, 7 atacarejos e 11 supermercados de bairro, distribuídos pelas quatro regiões da cidade. Os dados são divulgados no início do mês seguinte, com o preço médio da cesta básica mais barata e a variação entre os segmentos.
O Procon orienta o consumidor a ficar atento às promoções e estratégias de venda dos estabelecimentos, que frequentemente oferecem descontos em dias específicos. Adotar estratégias de compra e usar as informações fornecidas pelo Núcleo de Pesquisa são outras dicas para economizar.
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