A prefeita de Parnamirim, Nilda Cruz (Solidariedade), revelou que a gestão anterior, do ex-prefeito Rosano Taveira (Republicanos), deixou uma dívida que pode atingir R$ 150 milhões. A declaração foi feita em entrevista à rádio Cidade, onde a prefeita também denunciou o colapso dos serviços básicos no município.
Segundo Nilda Cruz, a situação encontrada é pior do que o esperado, com a cidade “abandonada administrativamente”. Ela detalhou que a dívida inicial de cerca de R$ 110 milhões pode aumentar ao considerar débitos previdenciários, trabalhistas, tributários e parcelamentos. A prefeita enfatizou que os problemas financeiros vão além das questões previdenciárias, incluindo atrasos nos pagamentos de diversos fornecedores.
“Tem alguns contratos, inclusive o transporte da vigilância sanitária, que queriam parar o serviço porque os pagamentos estavam atrasados havia dois meses. Mas pedimos compreensão, e estamos abrindo diálogo para que os serviços essenciais não parem“, explicou a prefeita.
Crise na Saúde
A área da saúde pública também foi alvo de críticas da nova gestão. A prefeita classificou o cenário como “caótico”, com falta de planejamento e controle. “Recebemos uma saúde na UTI. Visitamos a UPA, a Maternidade Divino Amor e o Hospital Márcio Marinho. Faltavam medicamentos essenciais, insumos básicos e até ambulâncias estavam quebradas”, relatou Nilda Cruz.
Ela também apontou falhas na gestão do estoque de medicamentos, mencionando a falta de controle na entrada e saída de insumos, além de medicamentos vencidos, o que, segundo a prefeita, demonstra descaso com o dinheiro público.
Para enfrentar os problemas emergenciais, a prefeita informou que foram realizados contratos emergenciais para garantir o abastecimento parcial dos estoques e o funcionamento mínimo dos serviços. “Estamos fazendo um levantamento do que existe no estoque e o que falta nas UBSs e farmácias básicas para fazer a distribuição em caráter emergencial”, explicou.
Nilda também relatou o estado precário das Unidades Básicas de Saúde (UBS), onde faltam itens básicos como papel higiênico e material de expediente.
A prefeita anunciou que poderá tomar medidas mais rigorosas para apurar a situação. “Vamos solicitar auditoria nos recursos da saúde pública assim que finalizarmos a transição e encaminharmos o relatório ao Tribunal de Contas. Queremos garantir que tudo seja feito com transparência”, garantiu a prefeita.
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