Concurso público

‘Enem dos Concursos Públicos’ terá modelo unificado de prova

Na última semana, o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) anunciou uma grande mudança para os concursos públicos brasileiros. A proposta, abraçada por cerca de 60 órgãos da União, é a realização de um Concurso Nacional Unificado que deve preencher aproximadamente oito mil vagas no serviço público federal em 2024.

Com inspiração no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o concurso unificado visa democratizar o acesso a cargos públicos, tendo o presidente Lula aprovado a proposta, que foi cuidadosamente elaborada com o envolvimento de diversos ministérios e órgãos federais.

A gênese da ideia

A ideia do concurso unificado veio de José Celso Cardoso Jr., que assumiu a Secretaria de Gestão de Pessoas no MGI. Sua inspiração foi o Enem, levando-o a consultar especialistas do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep). Essa consulta teve como resultado a elaboração de uma estratégia bem definida e aprovada tanto pela Casa Civil quanto pelo presidente da República, que achou a proposta bastante interessante.

A equipe interministerial

Para colocar o projeto em prática, será formada uma equipe interministerial, envolvendo profissionais de vários ministérios e instituições como o Ipea, a Escola Nacional de Administração Pública (Enap), a Advocacia-Geral da União (AGU), e a Secretaria de Comunicação Social.

Quais áreas irão participar

Órgãos federais têm um mês para aderir ao modelo inédito de concurso a ser implantado pelo governo. Esse novo modelo, também chamado de “Enem dos concursos públicos”, prevê uma única prova, objetiva, a ser aplicada para todos os candidatos. E uma outra específica e dissertativa, de acordo com a área de atuação que o candidato escolher.

A princípio, as áreas que farão o concurso unificado serão:

  • Administração e Finanças Públicas
  • Setores Econômicos, Infraestrutura e Regulação
  • Educação, Ciência, Tecnologia e Inovação
  • Agricultura, Meio Ambiente e Desenvolvimento Agrário
  • Políticas Sociais, Justiça e Saúde
  • Trabalho e Previdência
  • Dados, Tecnologia e Informação Pública

Como se preparar para o Concurso Unificado

Segundo a ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, o candidato deverá estudar com base no edital e trazer sua “bagagem de vida” para a prova. O processo seletivo incluirá um bloco de questões objetivas e será realizado em um único dia. Além disso, o edital será publicado com um intervalo de tempo suficiente para os candidatos se prepararem devidamente para o concurso.

A democratização do acesso

Uma das grandes novidades é o foco em representatividade regional e de classe. A ideia é facilitar a participação de candidatos de várias regiões do país e de diferentes classes sociais. Haverá também melhorias na aplicação de cotas para negros e indígenas. “Com essas medidas, o concurso busca tornar a burocracia federal mais diversificada e democrática“.

A mudança de paradigma no funcionalismo público

De acordo com Esther Dweck, a intenção é criar uma “burocracia que seja a cara do Brasil”. Isso implicará em uma mudança radical na forma de fazer política, já que a inclusão de mais diversidade proporcionará um enriquecimento nas discussões internas do governo.

Benefícios a longo prazo

O governo pretende tornar o Concurso Nacional Unificado um processo mais recorrente e criar uma expertise dentro do serviço público para a realização de concursos. Essa experiência tem tudo para ser bem-sucedida, como afirma a ministra.

A estratégia de implementação: o passo a passo para o sucesso

Enquanto o concurso unificado já foi aprovado por diversas instâncias governamentais, o próximo passo é a elaboração de um plano de implementação robusto. Dado que o processo seletivo será responsável por preencher cerca de oito mil vagas em diversos órgãos federais, a logística e a execução precisam ser impecáveis. Para isso, o governo formou uma equipe interministerial que irá coordenar todos os aspectos do concurso, desde a elaboração do edital até a realização das provas.

O papel do Inep e outras instituições

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) terá um papel fundamental, emprestando sua expertise na realização do Enem para a criação de um processo seletivo justo e eficiente. O envolvimento do Ipea, da Enap, da AGU e da Secretaria de Comunicação Social também garante que diferentes aspectos do concurso, desde a formulação de questões até a comunicação com o público, serão manejados com competência.

Detalhes do processo

Um dos aspectos mais interessantes do concurso unificado é a forma como os candidatos devem se preparar para a prova. De acordo com a ministra Esther Dweck, o edital será o principal guia, mas cada candidato deve também trazer sua própria “bagagem de vida”. Isso sugere que, além do conhecimento técnico, a prova poderá avaliar habilidades sociais, éticas e culturais, tornando o concurso uma avaliação mais completa do candidato como um futuro servidor público.

Cotas e inclusão social: uma prioridade do concurso

O governo está também trabalhando para melhorar a forma de aplicação das cotas. Isso significa que haverá uma inclusão mais efetiva de candidatos negros, indígenas e de baixa renda. Segundo Esther Dweck, o objetivo é que o concurso não inviabilize a vida das pessoas, permitindo que candidatos de todas as regiões do Brasil possam participar sem ter que arcar com custos altos, como comprar passagens aéreas.

O futuro do Concurso Nacional Unificado

O governo já planeja tornar o Concurso Nacional Unificado um evento recorrente, o que significa que essa não será uma iniciativa isolada. A intenção é criar uma expertise dentro do serviço público para a realização de concursos, usando a experiência adquirida neste primeiro evento para aprimorar futuras edições.

O Concurso Nacional Unificado está definido para ser uma revolução na forma como os servidores públicos são selecionados no Brasil. “De representatividade regional a inclusão social, esta iniciativa tem o potencial de tornar a burocracia brasileira um reflexo mais fiel da sua população. Com a participação de diversas instituições federais e um plano de implementação robusto, o concurso está bem posicionado para ser um sucesso e servir de modelo para futuras iniciativas’. Agora, o foco está nos futuros candidatos, que têm uma oportunidade única de fazer parte desta emocionante mudança“, conclui a ministra Esther Dweck.

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Rafael Nicácio

Co-fundador e redator do Portal N10, sou responsável pela administração e produção de conteúdo do site, consolidando mais de uma década de experiência em comunicação digital. Minha trajetória inclui passagens por assessorias de comunicação do Governo do Estado do Rio Grande do Norte (ASCOM) e da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), onde atuei como estagiário. Desde 2013, trabalho diretamente com gestão de sites, colaborando na construção de portais de notícias e entretenimento. Atualmente, além de minhas atividades no Portal N10, também gerencio a página Dinastia Nerd, voltada para o público geek e de cultura pop. MTB Jornalista 0002472/RN E-mail para contato: [email protected]

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