Obras de ampliação do Inca no Rio são retomadas com investimento de R$ 1,1 bilhão

Após anos de paralisação, as obras de ampliação do Instituto Nacional de Câncer (Inca) no Rio de Janeiro serão retomadas. O projeto, avaliado em R$ 1,1 bilhão, envolve uma parceria público-privada (PPP) entre o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Ministério da Saúde e o próprio Inca.

A iniciativa prevê a reforma da sede atual do Inca, localizada no centro do Rio, e a construção de três novos prédios em terreno vizinho, doado pelo governo do estado. Este terreno abrigava anteriormente o Instituto de Assistência dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro (Iaserj), demolido após sua desocupação em 2012. O BNDES afirma que as obras estavam paralisadas desde 2015.

Segundo o acordo da PPP, uma empresa privada ficará responsável por serviços não assistenciais do novo complexo, denominado “novo campus do Inca”. Estes serviços incluem **reforma, construção, equipagem, instalação, operação, segurança, limpeza, conservação, hotelaria, lavanderia, brigada de incêndio e informática**. A assistência médica, por sua vez, continuará sendo prestada gratuitamente através do Sistema Único de Saúde (SUS) pelos servidores públicos do Inca. O novo campus se configura como um centro de desenvolvimento científico e tecnológico de alta complexidade, englobando tratamento, pesquisa, ensino, prevenção e gestão na área do câncer. As 18 unidades do instituto serão reunidas neste complexo, centralizando suas atividades.

“Com a parceria, o Inca terá uma infraestrutura hospitalar de maior qualidade e com melhores condições de trabalho para os profissionais da saúde e de atendimento à população, com aumento na oferta de leitos de internação. Além disso, resultará em benefícios para o sistema de saúde, como a otimização de recursos, a redução de custos, a unificação de múltiplos contratos, a modernização das instalações e a criação de sinergias operacionais”, declarou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, em nota à imprensa. A expectativa é que o projeto proporcione uma significativa melhoria na infraestrutura e atendimento do Inca, beneficiando pacientes e profissionais de saúde.