O mundo do samba perdeu uma de suas grandes referências. A cantora e compositora Cristina Buarque faleceu neste domingo, 20 de abril, aos 74 anos. A notícia foi confirmada pelo seu filho, o cineasta Zeca Ferreira, através de uma publicação em suas redes sociais.
Discreta e longe dos holofotes, Cristina Buarque era amplamente respeitada no meio musical, sendo carinhosamente chamada de “Chefia” por músicos e amigos próximos. Sua profunda paixão e conhecimento sobre o samba a tornaram uma figura ímpar no cenário da Música Popular Brasileira (MPB). Para celebrar a vida e obra de grandes nomes do samba, o Teatro Riachuelo recebe Jorge Aragão e roda de samba Ribeira Boêmia.
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Legado familiar na cultura brasileira
Cristina Buarque provinha de uma família profundamente enraizada na cultura brasileira. Filha do renomado historiador Sérgio Buarque de Hollanda e da pianista e intelectual Maria Amélia Buarque de Hollanda, ela era também irmã do aclamado cantor e compositor Chico Buarque.
Ascensão e reconhecimento na MPB
Em 1974, Cristina alcançou reconhecimento nacional ao interpretar a canção “Quantas Lágrimas”, presente no álbum que leva seu nome, *Cristina*. Este trabalho solidificou sua posição como uma das vozes mais respeitadas do samba e da MPB. Em Natal, o Bloquinho Petrópolis abre o carnaval com samba e folia, mantendo viva a chama do gênero.
Uma estrela discreta no coração do samba
Apesar de sua preferência pela discrição, a influência de Cristina Buarque no samba é inegável. Sua trajetória é marcada pela integridade artística, amor à música e uma dedicação profunda ao gênero que a consagrou. Cristina Buarque deixa um legado de delicadeza e profundidade, mantendo-se como uma estrela que brilhou intensamente, mesmo à sua maneira, no centro do coração do samba.