Trailers incríveis de filmes que, infelizmente, foram decepções

Às vezes, trailers sensacionais são criados para filmes que acabam se mostrando verdadeiros desastres. Isso acontece quando a edição e a montagem conseguem criar uma atmosfera atraente, mesmo que o filme em si tenha problemas graves de roteiro ou edição. Nesses casos, os trailers acabam se destacando como obras de arte autônomas, mesmo que os filmes que eles promoviam não tenham agradado o público.

Um exemplo disso é Invasão do Mundo: Batalha de Los Angeles. O trailer inicial mostrava imagens de supostos avistamentos de alienígenas ao longo da história, criando um clima de mistério e terror. A música “The Sun’s Gone Dim”, de Johann Johannsson, em uma versão eletrônica, intensificava a sensação apocalíptica. No entanto, o filme final foi considerado um desastre, com atuações fracas e cenas confusas. Apesar disso, o trailer permanece icônico.

Outro caso é Godzilla (1998). Antes do lançamento, o teaser trailer mostrava o monstro gigante destruindo um esqueleto de T-Rex em um museu. A ideia era ousada, provocando o público e gerando grande expectativa. O problema é que o filme foi criticado pelo design do monstro, muitas cenas de chuva e diálogos considerados ruins. O trailer, porém, conseguiu esconder esses problemas e criou uma atmosfera de suspense que não se concretizou na produção final.

O terceiro trailer de Homem de Aço, do universo da DC, é outro exemplo. Com uma narração de Russell Crowe e a música de Hans Zimmer, o trailer apresentava uma visão melancólica da destruição de Krypton. A edição e a trilha sonora transformaram momentos medianos do filme em sequências impactantes. O trailer prometia um Superman com esperança e gravidade, mas o filme não conseguiu entregar essa visão de forma consistente.

Mesmo sendo considerado um dos piores filmes da saga Star Wars, Star Wars: Ataque dos Clones teve um trailer inicial impressionante. As imagens eram guiadas pela respiração de Darth Vader, criando uma atmosfera de tensão e mistério, mostrando o início da jornada de Anakin para o lado sombrio. A trilha sonora, esparsa e grandiosa, destacava os momentos de amor e guerra, criando uma sensação de expectativa. O produto final, contudo, sofreu com problemas de ritmo e desenvolvimento de personagens.

O trailer de Dinossauro, da Disney, também merece destaque. A sequência de abertura, sem diálogos, foi usada como teaser, mostrando uma narrativa visual poderosa. A trilha sonora de James Newton Howard acrescentava ainda mais emoção ao material. O filme final, no entanto, foi criticado pelos diálogos infantis e pela falta de profundidade, destoando da qualidade visual apresentada no trailer.

Gemini, um filme que caiu no esquecimento, tinha um trailer que prometia muita intensidade e suspense. A trilha sonora e os efeitos sonoros criavam uma atmosfera tensa e imprevisível. Mas o filme final não conseguiu entregar essa promessa, sendo considerado um fiasco. A produção foi tão ruim que sequer ficou marcada na memória do público.

Antes de ser lançado em PVOD, o remake live-action de Mulan gerou grande expectativa. O trailer oficial mostrava um espetáculo grandioso, com uma versão orquestrada da música “Reflection”. O trailer foi muito elogiado, mas o filme não recebeu o mesmo reconhecimento. O filme acabou não agradando tanto quanto o trailer sugeria.

Os trailers de Godzilla II: Rei dos Monstros, da franquia MonsterVerse, também se destacaram. O primeiro trailer, com a música “Clair de Lune”, de Debussy, criou uma atmosfera épica. O trailer final, com uma versão orquestral de “Over the Rainbow”, mostrou a grandiosidade dos Titãs. No entanto, o filme sofreu com diálogos fracos, edição ruim e dificuldades em mostrar os confrontos dos monstros de forma clara.

Por fim, o primeiro trailer de Esquadrão Suicida também foi um sucesso. A escolha da música “Bohemian Rhapsody”, da banda Queen, para guiar a edição do trailer foi um acerto. O trailer exalava anarquia e rebeldia, mas o filme final teve problemas de tom e uma trilha sonora inconsistente. O trailer prometia uma experiência caótica e divertida, mas o filme não conseguiu entregar essa mesma energia.