Filmes

As diferentes varinhas de Gandalf em ‘O Senhor dos Anéis’ e ‘O Hobbit’

Um dos traços mais marcantes de Gandalf em O Senhor dos Anéis é seu cajado de madeira, usado tanto como apoio quanto como ferramenta para magia. Essa característica é tão importante que até faz parte de seu nome, que em nórdico antigo significa “elfo do cajado” ou “elfo da varinha”. Contudo, nas trilogias de filmes de O Senhor dos Anéis e O Hobbit, dirigidas por Peter Jackson, Gandalf usou cinco cajados diferentes.

A primeira aparição cronológica de Gandalf foi em O Hobbit: Uma Jornada Inesperada, onde ele usava um cajado simples de madeira, com a ponta em espiral lembrando uma chama. O artista conceitual Alan Lee explicou em The Hobbit Chronicles que esse design era uma referência ao Anel de Poder de Gandalf, Narya, também conhecido como o Anel de Fogo. Gandalf usou esse cajado para criar fogo no final do filme, quando ele incendiou pinhas para afastar os orcs de Azog.

Curiosamente, o primeiro cajado de Gandalf também encontrou seu fim no fogo. Em O Hobbit: A Desolação de Smaug, Gandalf enfrentou o Necromante em Dol Guldur, que era o Lorde das Trevas, Sauron. O Necromante apareceu como uma silhueta etérea envolta em chamas, emitindo um calor intenso. Ao tentar bloquear o calor com seu cajado, a madeira se desintegrou, deixando Gandalf indefeso e sendo aprisionado em Dol Guldur, até ser resgatado por Galadriel, Elrond e Saruman.

Em O Hobbit: A Batalha dos Cinco Exércitos, Gandalf surge com um novo cajado, mais rústico e com um cristal azul na ponta. Esse era o mesmo cajado que Radagast usou nos filmes anteriores da trilogia. Na versão estendida do filme, é revelado que, após escapar de Dol Guldur, Gandalf foi à casa de Radagast, Rhosgobel, para pegar um cavalo emprestado. Radagast lhe ofereceu o cajado, acreditando que Gandalf enfrentava ameaças maiores, mas o advertiu que o objeto nem sempre funcionava corretamente. Durante a batalha, o cajado se quebrou e perdeu o cristal, transformando-se no cajado que Gandalf usa em O Senhor dos Anéis: A Sociedade do Anel.

Canonicamente, o cajado de Radagast é o que Gandalf usou por mais tempo, desde 2941 da Terceira Era até 3018. Porém, ele o perdeu logo no início de A Sociedade do Anel, quando Saruman o arrancou de suas mãos durante o duelo na torre de Orthanc. O cajado de Radagast teve o privilégio de ter sido usado pelos três magos dos filmes. Gandalf escapou de Orthanc com a ajuda de uma Grande Águia, mas teve que abandonar seu cajado. O destino do cajado nas mãos de Saruman é desconhecido.

O próximo cajado de Gandalf aparece no Conselho de Elrond em A Sociedade do Anel. Assim como o de Radagast, ele tinha um cristal, mas este funcionava bem, permitindo a Gandalf iluminar lugares escuros como as Minas de Moria. A origem desse cajado não é explicada no filme, mas como Gandalf foi direto para Valfenda após escapar de Saruman, presume-se que ele o recebeu de Elrond ou de outros elfos de Valfenda. Esse cajado acompanhou Gandalf em momentos icônicos como o confronto com o Balrog na ponte de Khazad-dûm, mas foi perdido nas profundezas de Moria quando o Balrog o puxou para o abismo.

Em O Senhor dos Anéis: As Duas Torres, Gandalf retorna como Gandalf, o Branco, com um novo cajado, liso e branco, com um padrão ornamentado no topo. A origem desse cajado também não é explicada no filme, mas no livro de J.R.R. Tolkien, Galadriel lhe entrega o cajado e vestes brancas quando ele a encontra em Lothlórien. Isso sugere que seu terceiro cajado também poderia ter sido um presente dos elfos de Valfenda.

A versão estendida de O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei revela que esse cajado não durou até o final da trilogia. Durante o Cerco de Minas Tirith, o Rei-Bruxo de Angmar quebrou o cajado de Gandalf magicamente. Gandalf conseguiu sobreviver graças à intervenção de seus aliados. Antes do fim do filme, Gandalf aparece com um quinto e último cajado, muito parecido com o anterior, mas um pouco maior, sem explicação de como ele o adquiriu. Esse foi o cajado que ele levou para as Terras Imortais com Frodo, Elrond, Galadriel e Celeborn ao final de O Retorno do Rei.

No livro, Gandalf teve apenas dois cajados. O primeiro durou até a luta contra o Balrog, e ele o destruiu ao golpear a ponte de Khazad-dûm. O Rei-Bruxo não quebrou o cajado de Gandalf no livro, então o cajado branco dado por Galadriel foi o último usado por ele. A variedade de cajados de Gandalf nos filmes é um exemplo do nível de detalhes e continuidade que os produtores buscaram, criando uma história de origem sutil para o cajado original de A Sociedade do Anel.

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Rafael Nicácio

Co-fundador e redator do Portal N10, sou responsável pela administração e produção de conteúdo do site, consolidando mais de uma década de experiência em comunicação digital. Minha trajetória inclui passagens por assessorias de comunicação do Governo do Estado do Rio Grande do Norte (ASCOM) e da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), onde atuei como estagiário. Desde 2013, trabalho diretamente com gestão de sites, colaborando na construção de portais de notícias e entretenimento. Atualmente, além de minhas atividades no Portal N10, também gerencio a página Dinastia Nerd, voltada para o público geek e de cultura pop. MTB Jornalista 0002472/RN E-mail para contato: rafael@oportaln10.com.br

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