A indústria naval e o setor portuário do Brasil alcançaram um marco histórico em 2024, com um volume de investimentos que não se via há mais de uma década. O ano foi encerrado com a aprovação de R$ 30,8 bilhões para mais de 430 projetos. Esses recursos foram direcionados para a construção de novas embarcações, reparos, docagens, modernização de unidades, ampliação de estaleiros e melhorias na infraestrutura portuária. O principal motor desse crescimento foi o Fundo da Marinha Mercante (FMM).
O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, enfatizou a priorização de projetos que haviam sido negligenciados em governos anteriores. Segundo o ministro, o valor aprovado nos últimos dois anos superou em duas vezes o montante destinado nos quatro anos anteriores. Os números corroboram essa afirmação: nos últimos dois anos, o FMM aprovou 1.300 projetos, um aumento de 70% em relação aos 768 projetos aprovados entre 2019 e 2022.
"Não tenho dúvidas de que estamos no caminho certo para retomar o protagonismo da indústria naval e do setor portuário. E digo isso com base nos resultados que alcançamos durante o governo do presidente Lula. Nos últimos dois anos, aprovamos, por meio do Fundo da Marinha Mercante, quase R$ 45 bilhões em projetos de modernização e construção no setor naval. Esse valor é o dobro do que foi investido nos quatro anos do governo anterior. Isso significa mais crédito, mais investimento, fortalecimento do setor portuário e de navegação, o que representa desenvolvimento econômico, geração de empregos e aumento de renda para os brasileiros", afirmou o ministro.
Expansão do Setor
Um dado relevante é o montante destinado à expansão da indústria naval. Em 2024, foram firmados contratos no valor de R$ 5,33 bilhões, o maior volume desde 2012. Esses recursos financiaram 548 novas obras, com a maior parte focada na navegação interior (415), seguida por apoio marítimo (94), apoio portuário (37) e cabotagem (2). Somando os investimentos de 2023, o governo destinou R$ 6,36 bilhões para novos empreendimentos, um aumento expressivo de 326% em comparação com o período de 2019 a 2022.
As empresas que tiveram seus projetos priorizados pelo Conselho Diretor do Fundo da Marinha Mercante (CDFMM) estão aptas a contratar financiamento por meio de agentes financeiros conveniados, como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal (CEF) e Banco da Amazônia (Basa). A liberação dos recursos é feita de acordo com o avanço dos projetos e suas fases de implementação. A próxima reunião do CDFMM está agendada para 27 de março.
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