O mercado financeiro brasileiro experimentou um dia de alívio nesta terça-feira (10), com o dólar comercial fechando a R$ 6,047, uma queda de R$ 0,035 (-0,58%) em relação ao fechamento da segunda-feira. A cotação iniciou o dia em R$ 6,02, mas sofreu uma leve oscilação ao longo das negociações. Vale lembrar que na véspera, o dólar havia atingido a marca de R$ 6,08, seu maior valor nominal desde o início do Plano Real.
A recuperação também se estendeu à Bolsa de Valores. O Ibovespa da B3 registrou alta de 0,8%, alcançando os 128.228 pontos, marcando a segunda alta consecutiva. O desempenho positivo foi impulsionado principalmente por ações de empresas de petróleo e setores ligados ao consumo, como companhias aéreas e varejistas.
Em contraste com o cenário externo, onde o dólar subiu em relação a outras moedas de países emergentes, a moeda americana apresentou queda frente ao real e ao peso mexicano. Esse movimento foi atribuído a fatores internos, com o mercado focado na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).
A expectativa em torno da decisão do Copom sobre o aumento da taxa Selic, os juros básicos da economia, é um elemento central. Aumentos na Selic costumam atrair investimentos estrangeiros, diminuindo a pressão sobre o valor do dólar.
Outro fator determinante para o otimismo do mercado foi a divulgação da taxa de inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). O IPCA de novembro registrou 0,39%, indicando uma perda de força na inflação. Inflação oficial perde força e fecha novembro em 0,39%
Por fim, a publicação de uma portaria que libera o pagamento de emendas parlamentares, no início da noite, também contribuiu para o clima de tranquilidade. Essa medida aumenta as possibilidades de aprovação do pacote de corte de gastos anunciado em novembro ainda este ano.
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