Ciência

Detrito espacial metálico atinge vila no Quênia sem deixar feridos

Um objeto metálico de grandes dimensões, identificado como detrito espacial, caiu na quarta-feira na vila de Mukuku, no Quênia, causando surpresa entre os moradores. O incidente, ocorrido por volta das 15h, horário local, envolveu um anel metálico com cerca de 1.100 libras (aproximadamente 500 kg) e oito pés (2,4 metros) de diâmetro, segundo a Agência Espacial do Quênia (KSA).

Apesar do tamanho e do impacto, a KSA confirmou que ninguém ficou ferido e que o detrito não representa riscos imediatos para a população. Major Alois Were, oficial da agência, informou à emissora queniana Citizen TV que o objeto “possivelmente é de um estágio de separação de foguete”.

A Agência Espacial do Quênia emitiu um comunicado sobre o incidente, que também foi compartilhado nas redes sociais:

Ainda não se sabe a origem exata do detrito, mas a KSA recolheu fragmentos para análise, com o objetivo de identificar o proprietário do foguete. Were afirmou que, após a identificação, serão utilizados “mecanismos legais existentes sob a lei internacional” para responsabilizar a pessoa ou organização envolvida.

A queda de detritos espaciais não é incomum, embora sejam projetados para se desintegrar na atmosfera ou cair em áreas não povoadas, como oceanos. No entanto, falhas acontecem, como o ocorrido em maio de 2024, quando um pedaço de detrito da SpaceX, do tamanho do capô de um carro, caiu em uma trilha na Carolina do Norte. O astrofísico Jonathan McDowell, do Harvard and Smithsonian Center for Astrophysics, declarou à Business Insider em julho que, caso o objeto tivesse atingido uma pessoa na trilha, “certamente a teria matado”.

Outro incidente preocupante ocorreu em março, quando um fragmento de cerca de 1 kg da Estação Espacial Internacional (ISS) atravessou o teto de uma casa na Flórida. A família afetada está processando a NASA.

Desde o início da exploração espacial, no final da década de 1950, há o risco de queda de detritos em locais inesperados. O crescente número de lançamentos espaciais aumenta ainda mais esse risco. Entre 2008 e 2017, foram lançados, em média, 82 foguetes orbitais por ano, número que saltou para 130 entre 2018 e 2022. Em 2024, um novo recorde foi estabelecido, com aproximadamente 250 lançamentos.

O aumento do tráfego espacial não só intensifica o risco de quedas na Terra como também agrava o problema da poluição espacial. Milhões de fragmentos, desde satélites desativados até pequenos pedaços de lixo, orbitam o planeta em altíssima velocidade. Thomas Berger, físico, relatou que cerca de 1.000 alertas de possíveis colisões são emitidos diariamente para operadores de satélites. Segundo ele, uma colisão grave poderia gerar “uma reação em cadeia incontrolável de outras colisões, resultando em um ambiente espacial completamente preenchido”.

Se isso acontecer, o espaço pode se tornar inutilizável. A situação exige uma atenção crescente e medidas eficazes para mitigar os riscos da exploração espacial.

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Romário Nicácio

Administrador de redes, estudante de Ciências e Tecnologia (C&T) e Jornalismo, que também atua como redator de sites desde 2009. Co-fundador do Portal N10 e do N10 Entretenimento, com um amplo conhecimento em diversas áreas. Com uma vasta experiência em redação, já contribuí para diversos sites de temas variados, incluindo o Notícias da TV Brasileira (NTB) e o Blog Psafe. Sua paixão por tecnologia, ciência e jornalismo o levou a buscar conhecimentos nas áreas, com o objetivo de se tornar um profissional cada vez mais completo. Como co-fundador do Portal N10 e do N10 Entretenimento, tenho a oportunidade de explorar ainda mais minhas habilidades e se destacar no mercado, como um profissional dedicado e comprometido com a entrega de conteúdo de qualidade aos seus leitores. Para entrar em contato comigo, envie um e-mail para [email protected].

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