Um estudo recente, divulgado pela NASA, demonstra o uso do algoritmo *Random Forest* para analisar o sistema de moduladores de energia (EM) em paraquedas. Moduladores de energia, também conhecidos como absorvedores de energia, são componentes críticos de segurança, essenciais para controlar choques e impulsos em uma trajetória de carga. Geralmente fabricados com materiais como nylon e Kevlar®, esses dispositivos são projetados para controlar cargas através da ruptura controlada de costuras que unem uma base de tecido resistente.
A aplicação desses moduladores é vasta, abrangendo desde equipamentos de segurança para trabalhadores em altura até sistemas de paraquedas, onde controlam as cargas de choque durante o desdobramento. O algoritmo Random Forest surge como uma ferramenta inovadora na análise de dados, destacando-se pela sua flexibilidade e capacidade de lidar com grandes conjuntos de dados, tanto categóricos quanto contínuos. Essa metodologia, baseada em *ensemble learning*, facilita a avaliação da relevância das variáveis e mantém a precisão mesmo em conjuntos com valores faltantes.
O *Random Forest* constrói modelos que relacionam uma variável de resposta com um conjunto de variáveis preditoras, utilizando uma coleção de árvores de decisão. Cada árvore é criada a partir de uma amostra aleatória dos dados, e as previsões individuais são combinadas para determinar a previsão final. As árvores de decisão, por sua vez, são algoritmos de aprendizagem supervisionada não paramétricos que particionam os dados usando uma série de decisões binárias. Elas identificam características chave dos dados e classificam a contribuição de cada característica baseada em sua relevância.
A avaliação da performance do *Random Forest* é feita através de técnicas como o erro *out-of-bag* e a validação cruzada. O método *bootstrap*, utilizado na criação das árvores de decisão, divide os dados em “in-the-bag” (utilizados na construção) e “out-of-bag” (usados para medir a precisão do modelo). A validação cruzada, por sua vez, avalia a generalização do modelo para conjuntos de dados independentes, evitando problemas como *overfitting* ou viés de amostragem. Um bom modelo deve ter bom desempenho tanto nos dados de treinamento quanto nos de validação.
A complexidade dos sistemas de EM dificultava a identificação de como diferentes parâmetros influenciam o seu comportamento. A aplicação da análise *bootstrap forest* a um conjunto de dados de teste permitiu identificar cinco variáveis chave associadas a uma maior probabilidade de dano ou comportamento anômalo. Estes resultados forneceram uma base para testes adicionais e uma possível reestruturação do sistema EM, além de contribuir para o desenvolvimento de uma lógica de voo para futuras aplicações. De acordo com o estudo, os resultados foram essenciais para a investigação e para o desenvolvimento da lógica de voo para futuros cenários.
Para mais informações, entre em contato com a Dra. Sara R. Wilson: [email protected].
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