Servidores da Secretaria de Saúde Pública do Rio Grande do Norte (Sesap-RN), especificamente os auditores hospitalares e fiscais de vigilância sanitária, iniciaram uma paralisação nesta segunda-feira (17). A decisão de entrar em greve foi tomada em assembleia no dia 7 de fevereiro, após a constatação de que as negociações com o governo estadual não apresentaram avanços significativos.
A principal reivindicação da categoria é a recomposição da Gratificação de Estímulo à Auditoria e Fiscalização (GRAFIS), um benefício criado em 2001 e que, segundo os servidores, não passou por nenhum reajuste ao longo de 24 anos.
Além da GRAFIS, os servidores também pedem a reimplantação da Produtividade, uma bonificação que, conforme relatos, foi retirada em janeiro de 2025 e que a categoria considera essencial para todos os trabalhadores da saúde do estado. A greve é vista como um último recurso, adotado após diversas tentativas de negociação que não surtiram o efeito desejado pelos servidores.
A importância dos serviços prestados pelos auditores e fiscais é ressaltada, destacando o papel da Vigilância Sanitária na proteção da saúde da população, através da identificação e prevenção de riscos em serviços e produtos. A Auditoria Hospitalar, por sua vez, é apontada como fundamental para garantir a transparência e a eficiência na aplicação dos recursos públicos destinados à saúde.
Em resposta às demandas dos servidores, a Sesap informou que tem mantido diálogo com as categorias desde o ano anterior sobre a questão do pagamento cumulativo da GRAFIS, seguindo a legislação que regulamenta a gratificação. A secretaria também esclareceu que, de acordo com a Constituição Estadual, qualquer aumento salarial só pode ser concedido mediante a aprovação de uma nova lei.
A Sesap garantiu que as negociações com os representantes dos servidores continuarão ao longo da semana. O Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Saúde do Rio Grande do Norte (Sindsaúde-RN) tem acompanhado de perto as negociações, prestando apoio aos servidores nas discussões com o governo estadual. Enquanto isso, professores do RN recusam proposta de parcelamento do reajuste salarial.
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