A General Motors (GM) enfrenta um cenário desafiador na China, outrora seu maior e mais importante mercado. A busca pela rentabilidade em 2025 pode ser excessivamente otimista, considerando os ventos contrários que a montadora enfrenta no país. Um exemplo da acirrada concorrência é o Geely Galaxy L7 EM-i lançado na China.
Em 2017, a GM vendeu mais de 4 milhões de veículos na China. No entanto, as vendas declinaram para 3,65 milhões em 2018, 3,09 milhões em 2019, e continuaram a cair constantemente a cada ano, atingindo apenas 1,8 milhão em 2024.
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O mercado chinês já gerou US$2 bilhões de receita anual para a GM. A situação mudou drasticamente e, em dezembro de 2024, a montadora informou aos acionistas que teria que registrar mais de US$5 bilhões em baixas contábeis em sua joint venture chinesa com a SAIC, devido a custos de reestruturação (US$2,6-US$2,9 bilhões) e uma reavaliação para baixo (US$2,7 bilhões).
Nos três primeiros trimestres de 2024, a GM registrou um prejuízo de US$350 milhões, e milhares de empregos estavam programados para serem cortados. Essas medidas foram uma resposta à queda de quase 60% nas vendas de unidades nos primeiros 11 meses do ano passado, para pouco menos de 371.000 unidades. Para fins de comparação, a BYD vendeu dez vezes esse volume no mesmo período.
Ian Henry, analista do setor automotivo, comentou que a meta de lucratividade da GM na China para este ano pode ser otimista, dadas as atuais dificuldades no mercado. Ainda no mercado chinês, a Huawei e SAIC lançarão carro elétrico super barato, o que deve aumentar ainda mais a competitividade.