A Audi confirmou o encerramento da produção do Q8 e-tron em sua fábrica de Bruxelas para o dia 28 de fevereiro. O fechamento da planta resultará na demissão de cerca de 3.000 funcionários.
Após intensas negociações, um “plano social” foi acordado entre a administração e os representantes dos trabalhadores. A empresa não detalhou o plano, mas informou que ele inclui, além de um bônus voluntário já anunciado, diversas medidas de apoio aos empregados, como suporte especial para os maiores de 60 anos, serviços de *coaching* e recolocação profissional.
O bônus também considera o tempo de serviço e é adicional à indenização obrigatória por lei. A Audi alega que o valor total combinado deve ser mais que o dobro do mínimo exigido por lei.
Thomas Bogus, CEO da Audi Bruxelas, declarou estar satisfeito com o acordo, apesar das negociações terem sido difíceis. Segundo ele, “todos se concentraram no essencial e colocaram os funcionários no centro de suas ações”.
Paralelamente, a Volkswagen planeja cortes de mais de 35.000 empregos na Alemanha, além de reduzir sua produção em aproximadamente 734.000 unidades e transferir parte da montagem. O Financial Times reportou que a empresa está disposta a permitir que montadoras chinesas utilizem sua capacidade ociosa na Alemanha. O CEO da Audi, Gernot Döllner, acredita que isso diminuiria as barreiras de entrada para esses concorrentes.
David Powels, da Volkswagen, ecoou esse sentimento, afirmando que a empresa está “aberta a qualquer discussão sobre qualquer tema com qualquer parceiro”. Essa estratégia poderia levar à produção de veículos elétricos chineses nas fábricas da Volkswagen na Alemanha.