Neste ano, como amplamente divulgado, o Grupo Globo está completando 100 anos de existência, e a TV Globo 60 anos de sua criação. Em 2010, quando a emissora completava 45 anos de existência, o público saudosista fora contemplado com o canal “Viva”, uma emissora criada para resgatar, não somente suas boas telenovelas, como toda a programação que ajudou a Globo a se tornar o que é hoje: a segunda maior emissora do mundo.
Durante estes 15 anos, o “Viva” se tornou líder de audiência na TV Paga, transmitindo vários programas da Globo nestes últimos anos. Porém, não se sabe por qual motivo, o Grupo Globo resolveu colocar um fim numa marca tão forte, com o claro intuito de tentar fortalecer sua marca Globoplay.

Óbvio que as novelas, assim como acontece com a TV aberta, é o carro-chefe do “Viva”, mas não é só isso. Séries, minisséries, programas de humor e até de entrevistas, fazem com que o público sinta vontade de assistir ao canal.
A “Globoplay Novelas”, como o próprio nome já induz, transmitirá apenas telenovelas, ou seja, além das 4 faixas atuais, dedicadas aos folhetins, o canal criará mais 4 faixas, uma para uma trama inédita: “Guerreiros do Sol”, gravada em 2023, como novela própria da Globoplay, além da reprise inédita do grande sucesso “Além do Tempo”, e da exibição de uma novela turca e outra mexicana.
Assim, com 8 faixas dedicadas às telenovelas, a emissora deverá, portanto, para ocupar a faixa de 24 horas, reprisar, em tese, cada produto 3 vezes ao dia. Um exagero, convenhamos.
A marca “Globoplay” já é forte no mercado como o segundo maior streaming em atividade no Brasil, não precisava de uma emissora própria para tanto. Ademais, algumas situações não ficaram claras: as temporadas de “Malhação”, que ora a emissora se referia como série e ora como novela, continuará na “Globoplay Novelas”? E as minisséries, algumas com mais capítulos que a inédita “Guerreiros do Sol” e que têm a estruturas de novelas, serão reprisadas pelo canal?
Os programas de humor, pelo que já se sabe, migrarão para o “Multishow”, que já sofre com o excesso de reprises.
É… cada vez mais, fica mais difícil defender a gestão de Amauri Soares.