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Retorno de “História de Amor” expõe crise na Globo

Atual direção da emissora está perdida

“História de Amor” é um dos maiores clássicos da Globo, exibida, originalmente, entre julho/95 e março/96, a trama fez um enorme sucesso no horário das 18, recuperando a audiência perdida com o remake de “Irmãos Coragem”.

A trama, de autoria de Manoel Carlos, conta a vida de Helena (Regina Duarte), mulher de meia idade que cria sua sobrinha Joyce (Carla Marins), como sua filha legítima. O amor dessa mãe por sua filha, enfrenta todas as barreiras, seja enfrentando o pai de Joyce, Assunção (Nuno Leal Maia), ou o namorado da filha, qu a engravidou, mas não quer assumir a criança. A vida de Helena muda completamente quando ela conhece Carlos (José Mayer) e se vê num qudrilátero de amor, quando tem que enfrentar a ciumenta Paula (Carolina Ferraz) e a possessiva Sheila (Lília Cabral).

Logotipo da novela História de Amor
Logotipo da novela História de Amor. Foto: Reprodução/Globo

O enredo, muito bem amarrado, e um elenco bem escalado, garantiu o sucesso da trama e fez com que a novela entrasse para o imaginário do público brasileiro. Grande destaque para Regina Duarte, Carla Marins, Eva Wilma, Carolina Ferraz, Ana Rosa e Lília Cabral.

Porém, a reprise de uma novela de 1995, ou seja, há exatos 30 anos, em “Edição Especial”, escancara a crise de criação e direção que a Globo passa, não querendo arriscar. Desde que a faixa das 14:30 foi criada, a emissora não transmitiu nenhuma reprise inédita, todas elas são figurinhas repetidas, seja na janela aberta, ou seja, no Canal Viva, do mesmo grupo.

Como já dito aqui, nesta coluna, a Globo possui um acervo gigantesco de novelas, alguns sucessos nunca reprisados, e que poderiam render bons números para a emissora, como o remake de “Paraíso”, “Cama de Gato”, “Escrito nas Estrelas”, “Além do Tempo”, “Orgulho e Paixão”, “Tempo de Amar” e “Éramos Seis”, apenas citando o horário das seis, que é o mesmo grupo do horário das duas da tarde.
Porém, a emissora prefere seguir um caminho sem riscos, reprisando clássicos que sempre fizeram sucesso, seja em sua exibição originial, seja em outras reprises. Basta ver o que acontece, também, às 17, com a reprise de “Tieta”, um acerto que substituiu outro clássico que sempre rende bons números: “Alma Gêmea”.

Enquanto isso, nos três horários inéditos, a aposta é em remakes, como de “Pantanal”, “Elas por Elas”, “Renascer” e, a partir do mês que vem, “Vale Tudo”. Ao que parece, a notória criatividade da segunda maior emissora do mundo, ficou no passado.

Uma pena que a Globo investiu em três novos estúdios gigantescos e passou a produzir menos conteúdos, com novelas mais longas e menos seriados, mesmo com com a Globoplay que precisa de mais produtos para bater de frente com a Netflix aqui no Brasil.

Por aqui, não esperamos a hora dessa atual direção cair e que volte um profissional que entenda de novelas e que valorize a nossa teledramarugia.

#voltasilviodeabreu

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Michâel Godoy

Michael Godoy é um advogado apaixonado pelo mundo das artes, além de ser um ator formado pela Oficina de Atores Nilton Travesso em São Paulo. Já foi colunista do TN Audiência entre os anos de 2014 e 2017 e retorna agora falando sobre um assunto que ele adora: televisão.

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