A Motorola lançou o Moto G (2025) com a promessa de ser um dispositivo acessível e com bom desempenho. No entanto, uma análise exclusiva do Android Authority revela que, apesar de alguns pontos positivos, o smartphone apresenta falhas que podem comprometer a experiência do usuário.
Ryan Haines, especialista em dispositivos Android acessíveis, dedicou tempo para explorar os pontos fortes e fracos do aparelho. Segundo ele, embora o celular apresente características interessantes, como carregamento rápido e uma câmera principal decente, a experiência geral é prejudicada por lentidão e desempenho inconsistente.
Design e tela: pontos positivos
O design é um dos destaques, com um acabamento em couro vegano que oferece uma sensação agradável ao toque e evita marcas de dedo. A tela LCD de 6,7 polegadas com taxa de atualização de 120Hz também agrada, proporcionando fluidez na navegação e exibição de conteúdo. No entanto, a resolução HD+ pode ser um limitador para quem busca maior nitidez em vídeos e jogos.
Desempenho: o calcanhar de aquiles
O principal problema do Moto G (2025) reside no seu desempenho. Equipado com o processador MediaTek Dimensity 6300 e apenas 4GB de RAM, o dispositivo sofre com lentidão em tarefas básicas, como abrir aplicativos e alternar entre eles. Essa falta de fluidez compromete a experiência do usuário e pode gerar frustração, especialmente para quem está acostumado com smartphones mais rápidos.
Embora os testes de benchmark controlados mostrem resultados razoáveis, a performance no uso diário não acompanha essa tendência. Haines relata que o celular frequentemente “engasga” ao realizar ações simples, como abrir a câmera ou utilizar a barra de notificações.
O recurso RAM Boost, que utiliza parte do armazenamento interno como memória RAM virtual, pode amenizar o problema, mas não resolve completamente a questão. A falta de opções com mais memória RAM é uma limitação importante do Moto G (2025).
Câmeras: uma mistura de resultados
O conjunto é composto por um sensor principal de 50MP, um sensor de profundidade de 2MP e uma câmera macro de 2MP. A câmera principal entrega resultados satisfatórios em boas condições de iluminação, mas peca em ambientes com pouca luz. A ausência de uma lente ultrawide é sentida, e a câmera macro tem utilidade limitada.
Bateria e carregamento: destaques positivos
A bateria de 5.000mAh do Moto G (2025) garante uma boa autonomia, permitindo que o usuário passe um dia inteiro longe da tomada com uso moderado. O carregamento rápido de 30W é outro ponto positivo, garantindo que o dispositivo seja carregado em um tempo razoável.
Software e atualizações: um Ponto de Atenção
A Motorola removeu alguns aplicativos desnecessários que vinham pré-instalados em versões anteriores do Moto G. No entanto, ainda há espaço para melhorias nesse quesito. A política de atualizações é um ponto fraco, com apenas duas grandes atualizações do Android garantidas e um terceiro ano de patches de segurança. Isso significa que o Moto G (2025) pode se tornar obsoleto em um período relativamente curto. A Honor adere ao clube dos 7 anos de atualizações Android começando com o Magic 7 Pro.
Vale a pena?
Apesar do design atraente, da boa autonomia de bateria e do carregamento rápido, o desempenho abaixo do esperado e a política de atualizações limitada tornam difícil recomendar o Moto G (2025). Existem outras opções no mercado com preços similares que oferecem uma experiência mais completa e duradoura.