Um estudo recente, divulgado pela Global EV Alliance através da Bloomberg, aponta que a grande maioria dos proprietários de veículos elétricos não pretende retornar aos carros movidos a combustão. A pesquisa, que ouviu 23 mil motoristas em 18 países, incluindo Brasil, Estados Unidos e diversos países europeus, indicou que 92% dos entrevistados não considerariam adquirir um carro a gasolina ou diesel novamente.
O levantamento também revelou que muitos desses condutores, após a experiência com veículos elétricos, considerariam a aquisição de modelos híbridos plug-in em um futuro próximo. Apenas 1% dos participantes manifestou interesse em retornar a automóveis exclusivamente a combustão. Os principais fatores que motivam a preferência pelos elétricos incluem:
- Custos operacionais reduzidos: 45% dos entrevistados apontaram o menor gasto a longo prazo como um dos principais atrativos.
- *Consciência ambiental:* A preocupação com o impacto ambiental também foi um ponto relevante.
- *Experiência de direção diferenciada:* Muitos citaram o prazer de conduzir um veículo elétrico.
- *Manutenção mais simples:* A manutenção dos elétricos, em alguns casos, mostrou-se menos dispendiosa.
A pesquisa também evidenciou um problema comum em nível mundial: a infraestrutura de recarga. A falta de carregadores, principalmente os de carga rápida, foi mencionada como uma das maiores dificuldades enfrentadas pelos usuários de carros elétricos. Segundo os participantes do estudo, a escassez de carregadores, a demora na recarga e as más condições de manutenção dos pontos de recarga são pontos negativos a serem superados. A solução para esse problema pode estar em iniciativas como o lançamento de carregadores ultrarrápidos, como o da Huawei, que promete revolucionar o mercado.
Polêmica no Brasil
No Brasil, a discussão sobre a isenção de IPVA para veículos eletrificados gera debates. Em São Paulo, um projeto prevê a isenção do imposto para carros híbridos flex, movidos a etanol ou hidrogênio, com valor de até R$ 250 mil. No entanto, os veículos 100% elétricos não foram incluídos na proposta, o que pode impactar a evolução das vendas desse tipo de automóvel no estado. O crescimento do mercado de veículos elétricos no Brasil é significativo, como demonstrado pelo aumento de 146% nas vendas no primeiro semestre de 2024.