A Nissan estuda aumentar a produção da próxima geração do Rogue no Japão, buscando reduzir custos e melhorar sua competitividade no mercado americano. A medida surge após o fim das negociações de parceria com a Honda, forçando a Nissan a buscar soluções internas para fortalecer sua posição financeira.
Atualmente, os modelos Rogue vendidos nos Estados Unidos são fabricados em Smyrna, Tennessee, e exportados de Kyushu, Japão. A nova estratégia prevê que até 50% da produção do Rogue seja transferida para o Japão, onde a montadora alega conseguir produzir o veículo com um custo 20% menor, impulsionado pelas atuais taxas de câmbio favoráveis.

O Rogue representa mais de 25% das vendas da Nissan nos EUA, sendo um modelo crucial para a marca. A quarta geração, com lançamento previsto para 2027, deverá ser oferecida com motorizações híbrida (e-Power) e híbrida plug-in.
A produção destas versões eletrificadas poderá ser concentrada no Japão, enquanto a fábrica do Tennessee ficaria responsável pelas versões a combustão mais acessíveis. Além do Rogue, outro modelo que também possui versões diferenciadas é o Nissan Sentra Exclusive, que recentemente teve um desconto tentador.
Fontes não identificadas afirmam que “a economia de construir as variantes eletrificadas mais caras e os acabamentos superiores é melhor no Japão”. No entanto, David Johnson, chefe de produção da Nissan América do Norte, declarou que a montadora planeja produzir pelo menos alguns modelos Rogue PHEV nos EUA.
A Nissan precisa negociar com seus fornecedores nos EUA antes de finalizar os planos de produção do novo Rogue. As negociações para reduzir custos estão em andamento há mais de um ano, visando proteger a produção no Tennessee. Em 2024, a montadora solicitou a alguns fornecedores uma redução de preços de 20%. Assim como a Nissan, outras montadoras enfrentam desafios, como a GM que enfrenta desafios de rentabilidade na China.
No ano passado, a Nissan vendeu 245.724 unidades do Rogue nos Estados Unidos, com aproximadamente 60% provenientes da fábrica de Smyrna. Embora a mudança de produção para o Japão possa gerar economia, ela também apresenta riscos, já que não há garantia de que as taxas de câmbio permanecerão favoráveis durante todo o ciclo de vida do novo modelo. Para ficar por dentro dos valores de outros modelos, consulte a Fipe Carros e compare os preços de mercado.